Alemanha: o programa, que ainda deve ser articulado tecnicamente, parte da base que a atual rede de detecção de irregularidades no setor alimentício falhou. (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 14h50.
Berlim - A Alemanha anunciou nesta segunda-feira um plano de ação nacional para frear o escândalo europeu do uso fraudulento de carne de cavalo em alimentos processados que irá além da proposta da Comissão Europeia.
Foi o que anunciou a ministra de Nutrição, Agricultura e Defesa do Consumidor, a Social-Cristã Ilse Aigner, depois de se reunir em Berlim com os representantes do ramo alimentício de todos os estados federados.
Durante a reunião, foi estabelecido aprovar mais sanções para os produtores, maior controle na rede de distribuição e uma melhora do acompanhamento dos alimentos através dos rótulos.
Ilse, que afirmou que o plano será implementado "o mais rápido possível", destacou, da nova proposta, o estabelecimento de um "sistema de alarme adiantado" efetivo e uma equipe de competências por níveis administrativos - europeu, nacional e regional - que melhore sua eficiência.
O programa, que ainda deve ser articulado tecnicamente, parte da base que a atual rede de detecção de irregularidades no setor alimentício falhou, como ficou patente com o escândalo da carne de cavalo em alimentos que deviam conter exclusivamente carne bovina.
Ainda não se sabe, reconheceu a ministra, se os casos descobertos de carne de cavalo são representativos do alcance do escândalo ou "se isso é só a ponta do iceberg".
Os dez pontos do plano de ação visam a melhorar o controle sobre os alimentos, obrigar os distribuidores a informar sobre qualquer anomalia detectada em seus produtos e aumentar as punições legais aos fraudadores, tanto em nível econômico quanto penal.
Enquanto isso, os casos de produtos com carne de cavalo etiquetados de forma enganosa continuam surgindo na Alemanha, onde vários grandes distribuidores como Lidl, Aldi e Tengelmann retiraram diferentes pratos preparados.
Além disso, foram registrados pelo menos três positivos em teste realizados pelas autoridades sanitárias da Renânia do Norte-Vestfália (oeste do país).