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Alemanha retoma conversas para tentar formar governo de coalizão

Grupo conservador da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata fazem hoje uma nova rodada de conversas sobre possível aliança

Merkel e Schulz: esforços da Alemanha para formar um governo de coalizão já são os mais longos desde a Segunda Guerra Mundial (Hannibal Hanschke/Reuters)

Merkel e Schulz: esforços da Alemanha para formar um governo de coalizão já são os mais longos desde a Segunda Guerra Mundial (Hannibal Hanschke/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 09h40.

Berlim - Negociações para a formação de um eventual governo de coalizão na Alemanha foram retomadas nesta segunda-feira, mas ainda não está claro se um acordo será fechado antes do fim do dia.

O grupo conservador da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) tinham como meta original chegar até ontem (domingo) a um acerto sobre a possível extensão de sua coalizão dos último quatro anos, mas ainda têm questões pendentes a discutir.

O SPD, de centro-esquerda, insiste em limitar o uso de contratos de trabalho temporários e busca reduzir as diferenças entre os sistemas de seguro-saúde público e privado do país.

"Presumo que podemos finalmente concluir isso hoje", comentou Volker Bouffier, vice-líder da União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, ao chegar para as conversas. "Não tenho certeza, mas estou confiante. Talvez precisemos até amanhã de manhã", acrescentou.

Os esforços da Alemanha para formar um governo de coalizão, após a eleição indefinida de 24 de setembro do ano passado, já são os mais longos desde a Segunda Guerra Mundial. A aliança de Merkel venceu o pleito, mas não conquistou maioria absoluta no Parlamento.

Caso seja obtido um acordo, ele terá de ser submetido aos integrantes do SPD, muitos dos quais estão céticos depois de um resultado eleitoral desastroso. E esse processo demorará algumas semanas.

Um eventual fracasso nas negociações - ou a rejeição de um eventual acordo pelo SPD - deixará como únicas opções viáveis um governo minoritário sob comando de Merkel ou a convocação de novas eleições.

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