Maiziere: ele não disse se base de dados do Schengen deveria ficar disponível para a Turquia (Thomas Peter/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 16h35.
Berlim - O principal oficial de segurança da Alemanha, Thomas de Maiziere, afirmou nessa quinta-feira que o sistema europeu de viagens precisa mudar para prevenir que militantes do grupo extremista Estado Islâmico atravessem as fronteiras sem serem identificados.
O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, afirmou que qualquer pessoa suspeita de ter intenção de integrar grupos extremistas na Síria e no Iraque deveriam acionar um alarme quando viajarem no espaço Schengen, que inclui 26 países do Ártico ao Mediterrâneo, da mesma forma que acontece com suspeitos de tráfico de drogas.
"A informação de que alguém é um combatente estrangeiro precisa ser mais facilmente reconhecida por autoridades de fronteiras", afirmou Maiziere, depois de visitar um centro de contenção ao terrorismo em Berlim.
Ainda que os controles de fronteiras continuem ativos na periferia do espaço Schengen, na prática, nem todos os passaportes são inspecionados.
Maiziere não informou como autoridades iriam identificar alguém como suspeito de ser um extremista islâmico se a pessoa não foi condenada por um crime.
Ele também não disse se a base de dados do Schengen deveria ficar disponível para a Turquia, principal país de trânsito dos jihadistas.
As autoridades turcas não têm acesso a essas informações, ainda que Ancara afirme ter uma lista de milhares de europeus que deveriam sair das fronteiras.
Autoridades alemãs estão investigando cerca de 280 suspeitos de serem extremistas islâmicos, segundo Maiziere.
O número aumentou desde que a Alemanha decretou recentemente que atividades de propaganda a favor do Estado Islâmico deveriam ser consideradas crime.
A medida tornou mais fácil para as autoridades identificarem documentos suspeitos de viagem. Fonte: Associated Press.