Merkel visita centro de refugiados: não se descarta a opção de usar aviões militares de transporte tipo "Transall" para realizar a deportação quando os voos civis estiverem lotados (Reuters / Axel Schmidt)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 12h28.
Berlim - O governo alemão trabalha em uma série de medidas para acelerar as deportações de imigrantes irregulares sem direito a asilo no país e analisa a possibilidade de recorrer a aviões militares de carga.
O Conselho de Ministros estudou hoje em Berlim o programa e a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, explicou que não se descarta a opção de usar aviões militares de transporte tipo "Transall" para realizar essa tarefa quando os voos civis estiverem lotados.
Em todo caso, primeiro se recorreria aos aviões destinados ao transporte de tropas, sempre que as missões militares em andamento não forem afetadas.
Agilizar a retirada dos estrangeiros que tiveram a solicitação de asilo negada é um dos objetivos fixados pelo governo de Angela Merkel perante a superlotação dos centros de amparo por conta da chegada em massa de refugiados.
As autoridades da Turíngia e de Schleswig-Holstein, os dois Estados federados que no ano passado suspenderam as deportações durante o inverno, indicaram que este ano seguirão com as deportações, embora tenham afirmado que analisarão caso a caso.
O governo alemão estuda ainda como resolver outro dos grandes problemas ligados às devoluções, o reconhecimento por parte dos países de origem daqueles imigrantes irregulares que não têm documentação.
Para resolver este empecilho, Berlim analisa a introdução de um salvo-conduto europeu, que facilite o trânsito, embora ainda não tenha esclarecido se os países de origem reconhecerão esses documentos.
A Alemanha espera receber neste ano pelo menos 800 mil pedidos de asilo, um número recorde que poderia inclusive ser superior, porque o governo federal decidiu deixar de publicar as previsões para não dar incentivo às máfias.