Seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2014: alemães atropelaram jogadores brasileiros e cravaram, em terras nacionais, um placar de 7 gols contra 1 (Matthias Hangst/Getty Images)
EFE
Publicado em 16 de março de 2018 às 12h37.
Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, descartou nesta sexta-feira que o Conselho Europeu da próxima semana venha a tratar de um possível boicote à Copa do Mundo na Rússia por causa do ataque com agente nervoso contra um ex-espião russo no Reino Unido.
"Não se trata agora de boicote à Copa do Mundo de Futebol", garantiu Merkel em entrevista coletiva em Berlim ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven.
Para Merkel, neste momento é necessário exigir que se esclareça o ocorrido em Salisbury, na Inglaterra, onde o ex-espião duplo Sergei Skripal e sua filha foram expostos ao agente químico de tipo militar e fabricação russa chamado Novichok e, desde então, permanecem internados em estado crítico.
"Só posso esperar que a Rússia participe dessa investigação", acrescentou a chanceler, que avaliou positivamente a decisão do Reino Unido de recorrer aos órgãos internacionais em busca de cooperação no esclarecimento do ocorrido.
Merkel lembrou que o governo alemão assinou ontem uma declaração conjunta com Reino Unido, França e Estados Unidos na qual mostrou seu apoio ao governo britânico diante da escalada da crise com a Rússia, que foi causada pelo envenenamento de Skripal.
Löfven, por sua vez, condenou o ataque, ressaltou seu apoio ao Reino Unido e considerou que a Rússia deve dar explicações e respostas nesse caso, uma "tentativa de assassinato".
Além disso, Löfven indicou que os ministros das Relações Exteriores da UE devem se reunir na próxima segunda-feira e que, apesar de tratarem da tentativa de assassinato do ex-espião, não falarão de novas sanções contra Moscou.