Grafenrheinfeld: mais antiga central atômica está com os dias contados (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2015 às 11h57.
Berlim - A central atômica de Grafenrheinfeld, a mais antiga em funcionamento na Alemanha, encerrará definitivamente neste sábado sua atividade, dentro do plano desenhado pelo governo após a catástrofe da usina japonesa de Fukushima e que fixa para 2022 o blecaute nuclear total no país.
Grafenrheinfeld, administrada por E.ON, estava em funcionamento há 33 anos e é a primeira central a fechar na segunda fase desta estratégia energética, aprovada em 2011 pela chanceler alemã, Angela Merkel, após ratificar o compromisso adquirido uma década antes por seu antecessor, o social-democrata Gerhard Schröder.
O fechamento provisório das oito usinas foi anunciado após a catástrofe de Fukushima.
A de Grafenrheinfeld, que fornecia em torno de 11,5% da energia consumida na Baviera, estado federado do sul, será a nona instalação cancelada, seis meses antes da data estabelecida, segundo a E.ON diante da falta de rentabilidade econômica pelos impostos por sua atividade.
As oito plantas restantes deverão ser desligadas até 2022. A próxima prevista é a de Grundremmingen B, no final de 2017.
"Fora. Acabou. A central de Grafenrheinfeld se desliga da rede. Um motivo de felicidade, embora ainda devam ser apagadas oito centrais", lembraram os deputados dos Verdes no Twitter.
Em comunicado, a organização ambientalista Greenpeace qualificou o fechamento da usina de "grande êxito" do movimento anti-nuclear e de um "marco para a transição energética".
O desafio é agora, destacou esta ONG, enfrentar a herança de toneladas de resíduos nucleares que devem ser armazenadas de maneira segura durante milhares de anos.
Para compensar o fechamento das nucleares, a política energética alemã está centrada no fomento das energias renováveis. EFE