A maioria das fazendas fechadas estão na Baixa Saxônia, no norte da Alemanha (Joern Pollex/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 16h07.
Berlim, 7 jan (EFE).- O número de fazendas avícolas e suínas na Alemanha que alimentaram seus animais com ração contaminada por dioxina subiu para 4,7 mil, informaram nesta sexta-feira fontes do Ministério da Agricultura.
As fontes destacaram que na maioria dos casos se trata de fazendas suínas. Nesta semana, o Governo proibiu os fazendeiros de sacrificar seus animais e comercializar sua carne até que se certifique que seu consumo não traz nenhum problema de saúde.
A maioria das fazendas, 4.468 do total, está localizada no estado da Baixa Saxônia, ao norte da Alemanha, e adquiriu rações contaminados originalmente pelo fabricante Harles & Jentzsch, o qual utilizou presumivelmente óleos industriais não destinados ao consumo animal e humano.
O Ministério da Agricultura do estado de Schleswig-Holstein detalhou nesta sexta-feira os resultados das análises adiantados na quinta-feira e afirmou que as gorduras utilizadas pela empresa para fabricar ração estavam presentes em nove em cada 10 casos numa proporção de até 78 vezes do nível permitido.
O Ministério da Agricultura local assegurou que os produtos de Harles & Jentzsch continham já em março de 2010 elevadas proporções de dioxina, superiores às permitidas.
Os produtos de outra fábrica em Bösel (Baixa Saxônia), associada a Harles & Jentzsch, também mostrariam níveis superiores de dioxina aos tolerados.
Enquanto isso, o presidente da federação alemã de Agricultores e Criadores de gado, Gerd Sonnleitner, cifrou entre 40 milhões e 60 milhões de euros as perdas semanais dos criadores de gado afetados pelo fechamento de suas fazendas.