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Alemanha condena sírios enviados pelo EI como refugiados

Os três condenados foram recrutados supostamente pela mesma pessoa que enviou à França os autores dos atentados cometidos em novembro de 2015 em Paris

Alemanha: três sírios que chegaram em 2015 ao país por determinação do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) para preparar atentados foram condenados (Reprodução/Getty Images)

Alemanha: três sírios que chegaram em 2015 ao país por determinação do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) para preparar atentados foram condenados (Reprodução/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de março de 2018 às 18h39.

Berlim - A Audiência de Hamburgo, na Alemanha, condenou nesta segunda-feira a penas de entre três anos e meio e seis anos e meio três sírios que chegaram em 2015 à Alemanha por determinação do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) para preparar atentados e que se registraram como solicitantes de asilo usando documentação falsa.

De acordo com a sentença, difundida pela emissora de radiotelevisão regional "NDR", os três foram recrutados supostamente pela mesma pessoa que enviou à França os autores dos atentados cometidos em novembro de 2015 em Paris, utilizando a mesma infraestrutura e rota para chegarem a seu destino.

O mais velho entre os acusados, Mohammed A. de 27 anos, foi condenado a seis anos e meio de prisão por filiação a grupo terrorista, enquanto os outros dois, que eram menores de idade, foram condenados a três anos e meio.

Mohammed A. confessou durante o julgamento que os três se envolveram com o EI e que este os enviou à Alemanha, mas negou ter mantido contatos posteriores com a organização terrorista.

O advogado adiantou que recorrerá da sentença ao estimar que esta se baseia apenas em indícios, mas o juiz considerou provado que os três jovens eram células "dormentes" à espera de instruções e dispostas a realizar atentados, apesar de não contarem com planos concretos para o mesmo.

Segundo o relato da promotoria, entre o fim de setembro e o início de outubro de 2015, os três homens se juntaram ao EI na cidade de Al Raqqa, onde pelo menos um deles foi treinado no uso de armas e explosivos.

Lá, os três também receberam a determinação de viajar para a Europa e, para isso, o grupo lhes entregou documentação falsa, telefones celulares com um aplicativo de mensagens instantâneas e entre US$ 1.000 e 1.500 para cada um.

No início de novembro, os rapazes viajaram de Al Raqqa para a fronteira da Síria com a Turquia e entraram neste último com a ajuda de uma organização especializada no tráfico de pessoas, para depois se dirigirem à Alemanha através da denominada rota dos Balcãs.

Os três foram detidos em setembro de 2016 numa operação policial simultânea nas localidades em que residiam, em diferentes abrigos para refugiados.

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