Para ministro alemão, o país não pode ajudar a salvar nenhum outro país; Irlanda e Grécia são o "limite" (Miguel Villagran/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2010 às 09h14.
Berlim - O ministro da Economia alemão, Rainer Brüderle, afirma que os casos da Grécia e Irlanda são "o limite" para a Alemanha, que "o país não pode ajudar a salvar nenhum outra nação" em caso de emergência, como disse em entrevista publicada pelo jornal "Bild am Sonntag".
Brüderle esclarece que a rápida decisão no caso da Irlanda "era necessária para evitar o risco de contágio". Na entrevista, o ministro germânico rejeita as especulações sobre um efeito dominó em outros possíveis países da União Europeia (UE) e concretamente ressalta que "Espanha e Portugal fazem todo o possível para controlar seu Orçamento". O ministro de Economia alemão nega qualquer ideia de retornar ao uso das antigas moedas nacionais. "Seria fatal, as consequências de deixar o euro seriam para a economia alemã um desastre: descenso da economia e da riqueza, desemprego ...", garante Brüderle.
O político, das fileiras do Partido Liberal (FDP), declara que "só porque existe um problema não podemos abandonar um projeto de sucesso como o euro". Brüderle atribui parte da responsabilidade da crise atual do euro ao anterior chanceler, o social-democrata Gerhard Schröder (1998-2005), ao que acusa junto à França de ter "apressado" o Pacto de Crescimento e Estabilidade.
No entanto, o ministro alemão se mostra "otimista" e acredita que a "Europa alcançou sempre com a crise e os conflitos novas estruturas que acabaram por torná-la mais forte do que antes".