Geraldo Alckmin já foi governador de São Paulo entre 2000 e 2006 (AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2010 às 15h52.
São Paulo - A próxima gestão no Palácio dos Bandeirantes, liderada pelo governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), já tem cara e marca própria. A base da nova administração deve ser o corpo político que o tucano construiu durante seu isolamento na legenda, com auge nas municipais de 2008, quando saiu candidato à Prefeitura paulistana com partido dividido.
Traço marcante dos principais apoiadores de Alckmin é a lealdade e, pontualmente, a capacidade de interlocução com a ala serrista do PSDB. O foco primordial, que pode vir a ser a marca da gestão é o afinco com que se pretende criar a Secretaria de Gestão Metropolitana, que almeja atender às demandas de 80% da população paulista que vive entre Grande São Paulo, Campinas e Baixada Santista.
Os indícios para a composição do novo governo, apesar de mantida em sigilo, foram evidenciados ontem no Palácio dos Bandeirantes, quando o tucano, ao lado do atual governador paulista Alberto Goldman (PSDB), formalizou o gabinete que fará a transição administrativa.
O principal articulador e porta-voz dessa movimentação é o deputado estadual Sidney Beraldo (PSDB), ex-secretário de Gestão de José Serra e escudeiro de Alckmin durante a vitoriosa campanha para o governo do Estado.
Beraldo, cotado para assumir a Casa Civil de Alckmin, transita bem entre as alas do PSDB. Ele coordena a transição de projetos e orçamento da próxima gestão com o atual secretário pasta, Luiz Antônio Guimarães Marrey, indicado por Goldman para a tarefa.
Ele lidera ainda o núcleo duro da transição, que até o momento tem três nomes fortes: o deputado federal não reeleito Silvio Torres (PSDB-SP), que ganhou destaque nos debates sobre a Copa do Mundo de 2014; Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de Alckmin; e Emanuel Fernandes (PSDB-SP), deputado federal reeleito e ex-prefeito de São José dos Campos (SP), que ganhou a confiança de Alckmin.
Essa equipe, que hoje realiza os trabalhos técnicos de transição no gabinete do governo na Rua Boavista, centro de São Paulo, detém a preferência para as principais secretarias.
Enquanto isso, na retaguarda um grupo de deputados federais reeleitos que garantiram a articulação tucana em São Paulo durante a campanha esperam a definição de espaços no governo. Os deputados tucanos José Aníbal, Edson Aparecido, Duarte Nogueira e Julio Semeghini mantiveram-se leais a Alckmin e hoje colhem os dividendos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.