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Alckmin diz que acusação sobre metrô é eleitoreira

Para o governador, aproveitar um acidente para benefício político "é muita baixeza"

Haddad disse que a administração de Alckmin na área dos transportes é um "fracasso retumbante" (Mario Rodrigues/VEJA São Paulo)

Haddad disse que a administração de Alckmin na área dos transportes é um "fracasso retumbante" (Mario Rodrigues/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 12h02.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu nesta quinta-feira as acusações do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de que sua administração na área dos transportes seria um "fracasso retumbante". Para o governador, aproveitar um acidente para benefício político "é muita baixeza". "É uma questão eleitoreira da parte deles (petistas)", disse.

Alckmin afirmou que 98% dos investimentos em metrô na Capital são feitos com verbas estaduais. Segundo ele, praticamente não há dinheiro federal no sistema. "Temos quatro linhas sendo construídas simultaneamente, com unicamente nossos esforços", afirmou. O governador disse que as falhas ocorridas na quarta-feira, que resultaram em um acidente na Linha-3 (Vermelha), estão sendo investigados. Até o momento há indícios de que um erro no sistema automático de freios teria ocasionado a colisão.

Questionado se o fato da Linha-4 (Amarela) ser totalmente automatizada preocupa, o governador defendeu o sistema utilizado. "Temos mais seguranças com sistemas (informatizados). Para casos excepcionais, há outras formas de trabalho. Os metrôs mais modernos do mundo utilizam esse sistema."

A respeito da possível greve dos metroviários, na semana que vem, Alckmin afirmou que as discussões ainda estão em curso. "Espero que não tenha greve, mas somente há greve quando não há diálogo, e nós ainda estamos conversando", disse. O governador ressaltou em seguida que não aceitará pressão. "Não teremos chantagem", afirmou.

As declarações de Alckmin foram dadas em solenidade realizada em comemoração do centenário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Na ocasião, foram anunciados investimentos de R$ 69 milhões da Secretaria de Estado da Saúde para a construção do terceiro bloco do Instituto do Coração (Incor), reformas e aquisição de equipamentos. Estavam presentes o ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, o secretário estadual de Energia, José Aníbal, e o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Pedro Tobias.

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