( Gabriel Lemes/MDIC/Flickr)
Agência
Publicado em 10 de junho de 2024 às 10h11.
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, disse em entrevista à agência de notícias chinesa, Xinhua, que os dois países devem continuar buscando a integração de suas principais iniciativas, e o desenvolvimento das relações bilaterais, segundo ele, “continuará a ser guiado pelo respeito mútuo, amizade entre os povos, intercâmbio cultural e um senso de destino compartilhado”. O vice-presidente e uma delegação brasileira esteve em visita à China, por ocasião da sétima reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN).
Alckmin destacou que a COSBAN tem sido há 20 anos o principal mecanismo de diálogo regular e coordenação de relações entre os dois países, desempenhando um papel crucial no fortalecimento das relações bilaterais e na promoção do diálogo e da cooperação em diversas áreas. Segundo Alckmin, a reunião da COSBAN “mostra que os dois países estão cumprindo seu compromisso de aprofundar ainda mais a Parceria Estratégica Global.”
O vice-presidente, que também é Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, afirmou na entrevista à Xinhua que a China possui uma forte influência nos setores de energia, tecnologia da informação, agricultura e indústria, especialmente em sustentabilidade e novas tecnologias, áreas nas quais os dois países devem continuar buscando a integração de suas principais iniciativas. “A complementaridade econômica entre os dois países abre um mundo de oportunidades para o Brasil. O crescimento econômico da China e sua demanda por produtos agrícolas, pecuários e minerais tornam o país o principal destino das exportações brasileiras atualmente.”
Alckmin disse que, considerando os desafios da nova industrialização e da transição ecológica no Brasil, o país busca desenvolver parcerias industriais e tecnológicas altamente especializadas com a China em áreas como semicondutores, inovação biotecnológica, tecnologia da informação e economia digital, além de energia sustentável.
No que diz respeito ao intercâmbio cultural e à cooperação entre Brasil e China, Alckmin falou sobre a necessidade de os dois países aprofundarem o intercâmbio cultural e darem mais importância à preservação do patrimônio cultural, o que é fundamental para fortalecer as relações bilaterais e garantir o desenvolvimento sustentável. “A COSBAN possui uma subcomissão de Cultura e Turismo, responsável por formular medidas para intensificar o intercâmbio artístico e promover o fluxo bilateral de turistas”, afirmou.
Alckmin afirmou que Brasil e China contribuem para o desenvolvimento sustentável, paz e segurança, e cooperam estreitamente no cenário internacional, pois compartilham valores de multilateralismo. “No campo econômico e comercial, por exemplo, Brasil e China apoiam firmemente o sistema multilateral de comércio, a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e o pleno funcionamento do mecanismo de solução de controvérsias da OMC”, disse à Xinhua. Brasil e China também colaboram no âmbito do G20.
Tradução: Mei Zhen Li