A subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental Roberta Jacobson (AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 16h14.
Nova York - Os países da América Latina têm um papel a desempenhar nos esforços contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), em particular contribuindo para frear o fenômeno dos combatentes estrangeiros, declarou nesta sexta-feira uma diplomata americana.
"É preciso estar atento e garantir que (redes de apoio a jihadistas) não estão utilizando o terreno nem os sistemas bancários" da região, disse Roberta Jacobson, subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental.
"Há um papel para todos os países e governos do continente", acrescentou.
Segundo a funcionária de alto escalão americana, Washington não espera que todos os governos se somem às ações militares contra o EI, mas considera essencial que os países da região se somem com sua contribuição ao controle dos combatentes estrangeiros.
O fenômeno dos combatentes estrangeiros "não é algo completamente alheio em nosso continente. Não é algo de que nunca tenhamos ouvido falar, e por isso devemos continuar nos concentrando neste aspecto", comentou.
Na opinião de Jacobson, "muitas pessoas pensam que a campanha contra o EI é algo extremamente distante do continente, para além de alguns relatórios completamente equivocados sobre células do EI na fronteira sul".
Por isso, acrescentou, "para nossos esforços este apoio é fundamental".
Até o momento, disse, os Estados Unidos não formularam pedidos específicos a países latino-americanos.
Na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama fez um apelo global a somar forças contra a ameaça representada pelo grupo EI, que atua na Síria e no Iraque.
"Os Estados Unidos trabalharão com uma ampla coalizão para desmantelar esta rede da morte. Hoje peço ao mundo que se some a este esforço", disse Obama durante seu discurso na abertura da Assembleia da ONU em Nova York.