Pessoas protestam: a rebelião na Síria acusa o EIIL de tentar impor sua vontade de maneira hegemônica e de aplicar métodos brutais contra os civis (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 22h33.
Beirute - A Frente Al Nosra, braço oficial da Al-Qaeda na Síria, emitiu ante um tribunal religioso um ultimato de cinco dias dirigido a seus adversários jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL) para solucionar seu sangrento conflito, que já dura dois meses.
O requerimento de arbitragem aconteceu dois dias depois da morte de um comandante de una brigada islamita, Abu Khaled al Suri, amigo do chefe da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri.
Os rebeldes acusam o EIIL de tê-lo matado. O chefe da Al Nosra, Abu Mohamad al Kholani, anunciou que lutariam contra este grupo na Síria e, inclusive, no Iraque, se rejeitassem a arbitragem religiosa.
"Esperamos uma resposta nos cinco dias posteriores ao upload na rede desta gravação. Se rejeitarem-na, centenas de membros da Umma (comunidade de fieis muçulmanos) lutarão contra (sua) ideologia ignorante e agressiva, inclusive no Iraque", afirmou Al Jolani.
A rebelião na Síria acusa o EIIL, vinculado em sua origem à Al-Qaeda, de tentar impor sua vontade de maneira hegemônica e de aplicar métodos brutais contra os civis.
O líder da Al-Qaeda confirmou no início de fevereiro a ruptura com o EIIL, a quem ordenou que abandonasse a Síria, e designou a Al Nosra como sua filial oficial neste país.
As relações entre a Al Nosra e o EIIL, ambos sunitas e contrários ao regime de Bashar al Assad, se deteriorou nas últimas semanas, com enfrentamentos entre os dois grupos, especialmente na província petroleira de Deir Ezzor.