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Al Qaeda, conta Otan e Kadafi, quer lei islâmica no Egito

Zawahiri, número 2 da rede terrorista, acusa Liga Árabe de ter abandonado os líbios em sua luta

Exército egípcio está no poder agora, mas Al-Qaeda pede a sharia no país (John Moore/Getty Images)

Exército egípcio está no poder agora, mas Al-Qaeda pede a sharia no país (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 12h58.

Cairo - O "número 2" da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, incitou nesta sexta-feira os muçulmanos a lutar contra "os mercenários" do coronel líbio Muammar Kadafi e as "cruzadas" da Otan, e pediu a aplicação da "sharia" (lei islâmica) no Egito.

Em vídeo de 1h de duração postado em um site que costuma divulgar as mensagens de grupos radicais islâmicos, Zawahiri acusa os países árabes e à Liga Árabe de ter abandonado aos líbios em sua luta.

"Para eles (os árabes) é suficiente com recorrer ao ocidente", que, na opinião de Zawahiri finge, com os Estados Unidos à frente, simpatizar com as causas árabes.

"O povo líbio tem de resistir até conseguir o sonho de estabelecer um estado islâmico erguido sobre a 'sharia'", declarou Zawahiri que aparece sentado, vestindo túnica e turbante brancos, com fuzil automático situado nas costas e usando barba longa.

Com relação ao Egito, Zawahiri, braço direito de Osama bin Laden na Al Qaeda, pediu aos egípcios que aproveitem "a situação histórica" e continuem as manifestações para aplicar a lei islâmica no país.

"Continuem com suas manifestações até que a 'sharia' impere no Egito", pediu o terrorista, que advertiu os "que tentarem negar a verdade da pertinência do Egito ao islã".

Zawahiri também acusou aos EUA de não terem outro objetivo se não a defesa de seus interesses que garantiu serem a luta contra a força do islã, a segurança de Israel, e o bloqueio da Faixa de Gaza.

"O regime militar (egípcio) mantém o tratado com Israel que garante a ocupação israelense de Gaza a fim de seguir recebendo a ajuda dos EUA", ressaltou Zawahiri, que pediu o fim do acordo de paz entre Egito e Israel e o corte dos laços com este país.

Zawahiri ressaltou que o chefe da junta militar egípcia, Mohammed Hussein Tantawi, é parte do antigo regime do destituído presidente Hosni Mubarak e, como tal, instalou no atual Governo personagens que ocuparam cargos de responsabilidade em dita época.

Neste sentido, garantiu que "a revolução popular se transformou em um golpe militar" porque Washington permitiu que o Governo passasse de "um representante (seu) para outro representante", em referência a Mubarak e ao Conselho Supremo das Forças Armadas que dirigido por Tantawi.

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