EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2013 às 09h03.
Bagdá - A Al Qaeda assumiu a responsabilidade por diversos atentados no Iraque que mataram dezenas de pessoas durante um feriado muçulmano e alertou o governo a parar de prender supostos militantes, ou enfrentará mais violência.
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil), formado no início deste ano através de uma fusão de filiais da Al Qaeda na Síria e no Iraque, disse em fóruns jihadistas na Internet que estava por trás dos ataques em Bagdá e em províncias do sul, no sábado.
"O Estado islâmico lançou mão de alguns de seus esforços de segurança em Bagdá, na província meridional e em outros lugares para entregar uma mensagem rápida", disse o Isil, de acordo com o grupo de monitoramento Site, que monitora sites jihadistas.
Bombas atingiram mercados, ruas comerciais e parques na noite de sábado, quando famílias iraquianas estavam celebrando o Eid al-Fitr, o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã. Cerca de 80 pessoas foram mortas e dezenas feridas, disseram a polícia e fontes médicas.
A violência não deu descanso na segunda-feira. Uma bomba perto de uma escola matou duas pessoas e feriu 11, incluindo crianças, na cidade de Muqdadiya, 80 km a nordeste de Bagdá, disse a polícia. Não ficou imediatamente claro quem estava por trás do ataque.
Foi um dos mais mortais feriados Ramadã em anos no Iraque, onde militantes sunitas travam uma insurgência contra o governo liderado pelos xiitas.
Julho teve o maior número mensal de mortes por ataques desde 2008, com mais de 1 mil iraquianos mortos, de acordo com estatísticas das Nações Unidas.