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Al Qaeda anuncia criação de filial no subcontinente indiano

O líder da Al Qaeda anunciou a formação de uma filial da rede terrorista no subcontinente indiano


	Líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri: objetivo é "levantar a bandeira da jihad", disse
 (Social Media Website via Reuters TV)

Líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri: objetivo é "levantar a bandeira da jihad", disse (Social Media Website via Reuters TV)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 08h52.

Cairo - O líder da Al Qaeda, Ayman el Zawahiri, anunciou a formação de uma filial da rede terrorista no subcontinente indiano, liderada pelo chefe dos talebans Mulá Omar, em um vídeo divulgado nesta quinta-feira em foros jihadistas.

O estabelecimento de uma nova filial da Al Qaeda tem o objetivo de "levantar a bandeira da jihad, recuperar o governo islâmico e impor a sharia (lei islâmica)", ressaltou Al-Zawahiri no vídeo, de 55 minutos de duração.

O anúncio pode ser uma resposta ao avanço do radical Estado Islâmico (EI), dissidência da Al Qaeda, tem se tornado mais influente que a rede terrorista, após proclamar um califado nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle.

Zawahiri assinalou que a nova filial, batizada de Al Qaeda da Jihad no subcontinente indiano, deu "frutos após mais de dois anos de esforços para agrupar todos os jihadistas em uma só entidade".

Para a liderança do grupo foi escolhido Mohammed Omar Muyahed, mais conhecido como mulá Omar, líder máximo do movimento taleban.

"O subcontinente indiano foi um dia parte das terras dos muçulmanos até que o inimigo herege o dividiu em zonas", disse Zawahiri.

Ele ressaltou que "esta entidade bendita foi estabelecida para unir os "mujahedin" (combatentes) do mundo todo e romper as fronteiras falsas imposta pela ocupação inglesa para separar os muçulmanos no subcontinente indiano".

Por isso, pediu aos muçulmanos de Burma, Bangladesh e Caxemira, entre outras regiões, que apoiem com dinheiro e armas os jihadistas e se unam à guerra santa.

O líder terrorista insistiu também no "fracasso da democracia laica", que considerou uma "miragem enganosa que não conduzirá ao governo do islã".

"No momento oportuno os inimigos do islã mostram sua cara horrível, para que os militares leais aos inimigos da "umma" (nação muçulmana) ponham seus opositores nas prisões", acrescentou.

Essa foi uma referência ao Egito, país de origem de Zawahiri onde o governo da Irmandade Muçulmana foi derrubado pelo exército em 3 de julho do ano passado e seus dirigentes presos.

A filial no subcontinente indiano se soma a outras da rede terrorista em diferentes parte do mundo, como a Al Qaeda no Magrebe Islâmico e a Al Qaeda na Península Arábica.

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