Cairo - O líder da Al Qaeda, Ayman el Zawahiri, anunciou a formação de uma filial da rede terrorista no subcontinente indiano, liderada pelo chefe dos talebans Mulá Omar, em um vídeo divulgado nesta quinta-feira em foros jihadistas.
O estabelecimento de uma nova filial da Al Qaeda tem o objetivo de "levantar a bandeira da jihad, recuperar o governo islâmico e impor a sharia (lei islâmica)", ressaltou Al-Zawahiri no vídeo, de 55 minutos de duração.
O anúncio pode ser uma resposta ao avanço do radical Estado Islâmico (EI), dissidência da Al Qaeda, tem se tornado mais influente que a rede terrorista, após proclamar um califado nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle.
Zawahiri assinalou que a nova filial, batizada de Al Qaeda da Jihad no subcontinente indiano, deu "frutos após mais de dois anos de esforços para agrupar todos os jihadistas em uma só entidade".
Para a liderança do grupo foi escolhido Mohammed Omar Muyahed, mais conhecido como mulá Omar, líder máximo do movimento taleban.
"O subcontinente indiano foi um dia parte das terras dos muçulmanos até que o inimigo herege o dividiu em zonas", disse Zawahiri.
Ele ressaltou que "esta entidade bendita foi estabelecida para unir os "mujahedin" (combatentes) do mundo todo e romper as fronteiras falsas imposta pela ocupação inglesa para separar os muçulmanos no subcontinente indiano".
Por isso, pediu aos muçulmanos de Burma, Bangladesh e Caxemira, entre outras regiões, que apoiem com dinheiro e armas os jihadistas e se unam à guerra santa.
O líder terrorista insistiu também no "fracasso da democracia laica", que considerou uma "miragem enganosa que não conduzirá ao governo do islã".
"No momento oportuno os inimigos do islã mostram sua cara horrível, para que os militares leais aos inimigos da "umma" (nação muçulmana) ponham seus opositores nas prisões", acrescentou.
Essa foi uma referência ao Egito, país de origem de Zawahiri onde o governo da Irmandade Muçulmana foi derrubado pelo exército em 3 de julho do ano passado e seus dirigentes presos.
A filial no subcontinente indiano se soma a outras da rede terrorista em diferentes parte do mundo, como a Al Qaeda no Magrebe Islâmico e a Al Qaeda na Península Arábica.
-
1. Osama bin Laden - US$ 27 milhões
zoom_out_map
1/5 (Reprodução/FBI)
São Paulo - Logo depois do anúncio da morte do terrorista Osama bin Laden, seu nome foi riscado da lista dos 10 terroristas mais procurados pelos Estados Unidos. A imagem ao lado mostra a página da internet do FBI, na qual bin Laden é dado como morto. Nenhuma informação específica sobre quem teria delatado o terrorista foi divulgada, mas se houver um dedo-duro, agora ele está 27 milhões de dólares mais rico. Esta era a recompensa prometida pelo Departamento de Estado norte-americano para quem ajudasse o governo com pistas úteis. Em uma lista com 30 procurados, o prêmio por informações sobre bin Laden era o maior. De acordo com as informações no perfil do terrorista, 25 milhões de dólares seriam pagos pelo próprio governo, e outros dois milhões pela Associação de Pilotos e a Associação do Transporte Aéreo. Com Bin Laden fora da lista, a maior recompensa oferecida por informações a respeito dos 10 terroristas mais procurados pelos Estados Unidos passa a ser a de 25 milhões de dólares. É o valor pago a quem der uma dica que leve à prisão do egípcio Ayman Al-Zawahiri. Ele é acusado de ser o responsável por atentados a bomba nas embaixadas dos Estados Unidos em Dar es Salaam, na Tanzânia e Nairóbi, no Quênia. Veja nas fotos ao lado quais são as maiores recompensas prometidas atualmente pelos Estados Unidos para quem ajudar na captura dos terroristas mais procurados.
-
2. Ayman Al-Zawahiri - US$25 milhões
zoom_out_map
2/5 (Wikimedia Commons)
São Paulo - O egípco Ayman Al-Zawahiri é acusado de organizar a série de atentados a bomba que atingiu embaixadas dos Estados Unidos na Tanzânia e no Quênia em 2008. A recompensa oferecida por informações precisas sobre Al-Zawahiri é de 25 milhões de dólares. De acordo com o perfil publicado no site do FBI, o egípcio é formado em medicina, e ajudou a fundar a Jihad Islâmica Egípcia. "Esta organização faz oposição ao governo secular do Egito e procura derrubá-lo por meios violentos. Em 1998 o grupo se fundiu à Al Qaeda", diz o site.
-
3. Fahd Mohamed Al-Quso - US$ 5 milhões
zoom_out_map
3/5 (Reprodução/FBI)
São Paulo - O quinto terrorista mais procurado dos Estados Unidos, segundo a lista do FBI é Fahd Al-Quso. O governo americano oferece uma recompensa de até cinco milhões de dólares por informações que levem à sua captura. Ele é acusado de participar do bombardeio de 12 de outubro de 2000, ao navio USS Cole, que estava atracado no Iêmen. No evento, 17 marinheiros americanos morreram. Segundo informações do FBI, é provável que o terrorista ainda esteja morando no Iêmen. Há outros 25 terroristas procurados na lista do FBI pelos quais o governo promete pagar a quantia de cinco milhões de dólares a eventuais delatores.
-
4. Adam Yahiye Gadahn - US$ 1 milhão
zoom_out_map
4/5 (Reprodução/FBI)
São Paulo - O norte-americano Adam Gadahn preferiu ajudar os maiores inimigos de sua terra natal. Ele é acusado de dar apoio à organização Al Qaeda, o que envolve inclusive ajuda financeira. Por seu envolvimento com o grupo terrorista, Gadahn tornou-se um dos 10 terroristas mais procurados pelos Estados Unidos. O governo do país promete pagar um milhão de dólares a quem fornecer informações que levem a sua prisão.
-
5. Daniel Andreas San Diego - US$ 250 mil
zoom_out_map
5/5 (Reprodução/FBI)
São Paulo - Daniel San Diego é cidadão norte-americano nascido em Berkeley, na Califórnia. "Prata da casa" como Adam Gadahn, ele é acusado de envolvimento na explosão de bombas em dois prédios comerciais em São Francisco, em agosto e setembro de 2003. A recompensa a quem der informações que resultem na prisão de San Diego é bem menor do que a oferecida por terroristas ligados a grupos árabes. Se a dica levar à captura do norte-americano, o delator embolsa 250 mil dólares.