Mundo

AL e Caribe têm resultado positivo na redução de pobreza

Se for considerado o intervalo entre os anos de 2010 e 2012, a extrema pobreza caiu somente 0,7 ponto percentual, passando de 12,1% para 11,4%


	Pobreza: de acordo com o Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2013, ritmo de diminuição nos últimos três anos mostra tendência de estagnação
 (Getty Images)

Pobreza: de acordo com o Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2013, ritmo de diminuição nos últimos três anos mostra tendência de estagnação (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 16h20.

Brasília - Além dos avanços na área de segurança alimentar, com 16 dos 38 países da América Latina e do Caribe, entre eles o Brasil, tendo reduzido pela metade a proporção de pessoas com fome, a região também alcançou resultados positivos na redução da extrema pobreza.

O conceito é definido com base na proporção de pessoas cujas rendas são inferiores a US$ 1 (R$ 2,35) por dia.

De acordo com o Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2013, principal publicação regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), lançada hoje (3) em Santiago (Chile), o ritmo de diminuição nos últimos três anos, no entanto, mostra tendência de estagnação, o que é "um sinal preocupante", diz o comunicado.

O documento cita dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que é uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas, segundo os quais a população em condições de indigência (extrema pobreza) reduziu-se praticamente à metade entre 1990 e 2010, passando de 23% para 12%, enquanto a população em situação de pobreza (incluindo a indigência) caiu de 48% para 31% no mesmo período.

Se for considerado o intervalo entre os anos de 2010 e 2012, a extrema pobreza caiu somente 0,7 ponto percentual, passando de 12,1% para 11,4%.

Para justificar os avanços na redução da pobreza, ainda que tenham diminuído o ritmo mais recentemente, o panorama enfatiza que eles "refletem parcialmente duas décadas de um crescimento econômico dinâmico, mesmo com taxas de crescimento acima da média mundial durante o período pós-crise econômico-financeira de 2008–2009, aliado com um conjunto de políticas sociais que permitiram transferir recursos públicos para os domicílios mais vulneráveis".

O relatório cita a implementação do Brasil sem Miséria como estratégia bem-sucedida para minimizar a pobreza e erradicar a fome na região.

O documento também ressalta que os dois problemas não abrangem apenas as famílias que vivem nessas condições, tampouco as comunidades, municípios ou estados a que pertencem e não devem ser considerados questões de um único país.

Pelo contrário, sua existência tem impactos negativos em toda a região. "Isto nos indica que é um desafio que devemos enfrentar conjuntamente e
uma tarefa que concentra inteiramente os esforços do Escritório Regional da FAO", diz o comunicado.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCaribePobrezarenda-pessoal

Mais de Mundo

Ucrânia recupera corpos de mais de 900 soldados mortos na guerra com a Rússia

Trump está '100%' seguro de que alcançará acordo sobre tarifas com UE

Hamas afirma que está pronto para libertar os últimos reféns, mas recusa acordo provisório de trégua

Trump diz que está relutante em continuar aumentando as tarifas sobre a China