"O aumento que teve recentemente pela Cide não foi repassado ao consumidor", disse o ministro (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 12h07.
Rio de Janeiro - O ajuste nos preços de combustíveis está sempre em análise, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta terça-feira, dias depois da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ter dito que o plano de negócios da empresa só será viável com reajustes nos valores cobrados do consumidor.
"Nós temos preocupação com a Petrobras, sim, e é preciso entender que os preços dos combustíveis não sobem na bomba há mais de nove anos. O aumento que teve recentemente pela Cide não foi repassado ao consumidor", disse o ministro, em evento sobre energias renováveis na Rio+20, no Rio de Janeiro.
Em 2011 houve reajuste de 10 por cento na gasolina, que não foi repassado ao consumidor, pois ele foi absorvido pela redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
O ministro havia descartado, na semana passada, qualquer reajuste de preço nos combustíveis no país.
Perguntado, nesta terça-feira, se o governo havia mudado de posição, Lobão respondeu que "é um assunto que vem sendo analisado com todo cuidado e toda prudência." "Também não desejamos complicar o problema da inflação. Este é um assunto que volta a todo momento. Estamos avaliando permanentemente e vamos ter uma conclusão em breve", completou o ministro.
Lobão também informou que o atual diretor interino da área internacional da Petrobras, José Carlos Amigo, deve ser efetivado no cargo. Amigo assumiu o posto de maneira provisória há poucos dias no lugar de Jorge Zelada, que havia pedido demissão.