Membro da Irmandade Muçulmana em protesto no Egito: "a nação árabe e muçulmana é rica e estenderá uma mão de ajuda ao Egito", disse ministro (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2013 às 12h58.
Riad - O chefe da diplomacia saudita, príncipe Saud al-Faisal, disse nesta segunda-feira que os países árabes e islâmicos ajudarão o Egito caso seja necessário compensar uma eventual suspensão da ajuda das nações ocidentais.
Em declarações divulgadas pela agência oficial saudita, Faisal expressou sua surpresa por algumas posturas internacionais em relação à crise egípcia. A União Europeia (UE), por exemplo, estuda adotar medidas contra o país árabe.
"A nação árabe e muçulmana é rica e estenderá uma mão de ajuda ao Egito", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita.
Faisal afirmou que seu país, que já anunciou após o golpe militar uma ajuda ao Egito de US$ 5 bilhões, manterá sempre seu respaldo ao povo egípcio para "conseguir segurança e estabilidade".
Para a Arábia Saudita, o que ocorre no Egito é um "terrorismo" que deve ser enfrentado com "toda a força e firmeza", na linha defendida pelas autoridades interinas e o Exército egípcio.
"Infelizmente vemos que as posições internacionais tomaram um estranho curso de ignorar estes fatos irrefutáveis como se quisessem encobrir esses oponentes que comentem crimes e incendeiam o Egito, ou inclusive encorajar esses grupos a continuarem com estas práticas", denunciou Faisal.
Faisal advertiu que os países árabes não esquecerão estas posturas internacionais e, se continuarem, as considerarão "hostis contra os interesses das nações árabes e islâmicos e sua estabilidade".
Em suas declarações, o titular das Relações Exteriores respaldou a atuação do Governo egípcio na atual crise e acusou os islamitas de aterrorizarem a população e queimar igrejas, edifícios governamentais e delegacias.
O Egito está imerso em uma onda de violência desde quarta-feira passada, quando a polícia desmantelou dois acampamentos no Cairo de manifestantes islamitas que reivindicam o retorno ao poder de Mohamed Mursi, deposto em 3 de julho por um golpe militar.
Perante esta situação, os países da União Europeia (UE) irão estudar um possível embargo de armas ao Egito e toda uma série de possíveis medidas de pressão para tentar pôr fim à violência e impulsionar o diálogo entre todas as forças políticas.