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AIEA nega explosão em usina nuclear no Irã

O Irã condenou as informações sobre a suposta explosão publicada na imprensa americana e israelense, qualificando-as de "propaganda ocidental


	O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA): a última rodada de negociações sobre a questão nuclear entre Irã, de um lado, e o grupo 5+1, terminou em ponto morto.
 (Fred Dufour/AFP)

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA): a última rodada de negociações sobre a questão nuclear entre Irã, de um lado, e o grupo 5+1, terminou em ponto morto. (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 13h25.

Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou nesta quarta-feira que nada indica que ocorreu uma explosão na usina nuclear iraniana de Fordo, como noticiaram recentemente os meios de comunicação israelenses e americanos.

"Tivemos a informação de que o Irã desmentiu a existência de um incidente em Fordo. Isso corresponde a nossas observações", declarou Gill Tudor, porta-voz da agência da ONU com sede em Viena.

Os especialistas da AIEA geralmente inspecionam a instalação de Fordo, considerada a salvo de um ataque militar, e o fazem em virtude do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

O Irã condenou as informações sobre a suposta explosão publicada na imprensa americana e israelense, qualificando-as de "propaganda ocidental" para influenciar nos diálogos estagnados sobre o tema nuclear.

As sensíveis instalações nucleares de Fordo se encontram próximas da cidade sagrada de Qom, 150 quilômetros ao sul de Teerã, escavadas no interior de uma montanha para protegê-las de bombardeios aéreos.

O Ocidente tomou conhecimento da existência da usina em 2009. Fordo começou a enriquecer urânio a 20% de pureza no final de 2011, um processo que os Estados Unidos e o Ocidente interpretaram como prova de que o Irã está fabricando uma bomba nuclear.

A última rodada de negociações sobre a questão nuclear entre Irã, de um lado, e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã Bretanha, China, França, Rússia e Alemanha), do outro, terminou em ponto morto, como as anteriores.

As negociações entre a AIEA e o Irã estão centradas na assinatura de um "acordo global" que permita aos analistas da ONU investigar livremente o programa nuclear iraniano, diante da suspeita da comunidade internacional de que seu programa tem fins militares, o que Teerã desmente de forma categórica.

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