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AIE: fracasso de Copenhague custará US$ 1 trilhão

Segundo a agência, para reduzir as emissões de dióxido de carbono, sistema energético global deve ser profundamente transformado

Emissão de carbono: gastos para mudanças energéticas vão chegar a US$ 11,6 tri até 2030 (Christopher Furlong/Getty Images)

Emissão de carbono: gastos para mudanças energéticas vão chegar a US$ 11,6 tri até 2030 (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 09h50.

Paris - O fracasso da reunião de Copenhague sobre o clima custará até 2030 um trilhão de dólares adicionais em investimentos necessários para modificar as políticas energéticas, destaca a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório divulgado nesta terça-feira.

"O fracasso de Copenhague nos custou pelo menos um trilhão de dólares", afirma a AIE em seu relatório anual sobre as perspectivas energéticas mundiais.

No documento divulgado ano passado, pouco antes do encontro de Copenhague de dezembro de 2009 sobre o aquecimento global, a AIE, que representa os interesses dos países desenvolvidos, considerava necessários investimentos suplementares de 10,5 trilhões de dólares até 2030 para mudar as políticas energéticas e evitar danos irreperáveis para o clima.

No relatório de 2010, a AIE afirma que os "gastos adicionais" necessários chegam a 11,6 trilhões até 2030, ou seja, um trilhão a mais que o estimado ano passado.

Segundo a agência com sede em Paris, reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) - principal gás que provoca o efeito estufa - de maneira suficiente para limitar o aumento da temperatura do planeta a dois graus centígrados, segundo o acordo não obrigatório assinado em Copenhague, "necessitaria de uma profunda transformação do sistema energético mundial".

"Os compromissos anunciados pelos países no acordo de Copenhague para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa não estão, em seu conjunto, à altura do que seria necessário para alcançar o objetivo dos dois graus", lamenta o relatório.

"Apenas o impulso de uma política fenomenal permitiria alcançar tal objetivo", destaca o texto.

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