Mundo

AI denuncia falta de proteção dos direitos de homossexuais

Em comunicado, a AI indicou que em vários países existe "uma marcada ausência de vontade para erradicar a homofobia e a transfobia"


	Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional: em comunicado, a AI lamentou que autoridades de todo o mundo continuem "tolerando" a homofobia (Chatham House/Wikimedia Commons)

Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional: em comunicado, a AI lamentou que autoridades de todo o mundo continuem "tolerando" a homofobia (Chatham House/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 10h06.

Londres - A organização humanitária Anistia Internacional (AI) denunciou nesta sexta-feira a falta de proteção dos direitos dos LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Interssexuais) e considerou "escandaloso" que em 2014 não se esteja legislando contra crimes de ódio.

Em comunicado emitido em Londres na véspera do Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, a AI lamentou que autoridades de todo o mundo continuem "tolerando" a homofobia.

"Perante as celebrações do orgulho homossexual, os governos têm que dar mais um passo e cumprir suas responsabilidades para permitir às pessoas que se expressem, protegidas da violência homófobica", disse Michael Bochenek, diretor do Programa de Política e Legislação Internacionais da AI.

Este responsável lamentou que as recentes marchas do orgulho gay "tenham sido manchadas por proibições e agressões violentas" e ressaltou que "isto não pode continuar" pois "a discriminação e as restrições dos direitos de liberdade de reunião e expressão acossam as pessoas LGBTI de todo o mundo".

No comunicado, a AI indicou que em vários países existe "uma marcada ausência de vontade para erradicar a homofobia e a transfobia".

A organização denuncia que em alguns países as autoridades inclusive chegam a encorajar essas atitudes "introduzindo e implementando a legislação e as regulações que solapam os direitos das pessoas LGBTI".

As pessoas da comunidade LGBTI são frequentemente vítimas da violência durante as marchas do orgulho gay assim como em suas vidas diárias, observa a AI, que acrescenta que "com muita frequência as agressões não são investigadas adequadamente ou com suficiente rapidez pela polícia".

Em seu comunicado, a Anistia revelou também que durante 2014 centrará sua atenção em vários países onde é "urgente" realizar mudanças, como Camarões, cujo código penal criminaliza as atividades sexuais entre homossexuais e o castiga com até cinco anos de prisão.

Haiti e Rússia, onde as festas LGBTI são ilegais, Sérvia, país em que as marchas do orgulho gay estão proibidas, Uganda, onde os casais homossexuais podem ser condenados à prisão perpétua, e Ucrânia também estão no radar da AI.

Acompanhe tudo sobre:DireitosDireitos HumanosGaysLGBTPreconceitos

Mais de Mundo

Deixem o canal': panamenhos protestam contra Trump em frente à embaixada dos EUA

Congresso do Peru investiga escândalo por suposta rede de prostituição internacional

Torre Eiffel é evacuada devido a incêndio e curto-circuito em sistema de elevadores; veja vídeo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados