Ahmadinejad: "O Banco Central é a espinha dorsal da pressão aos inimigos, e com autoconfiança deve possuir a resistência necessária para eliminar as conspirações" (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de janeiro de 2012 às 13h28.
Teerã - O Banco Central do Irã enfrentará com "força" o mais recente pacote de sanções anunciado pelo governo dos Estados Unidos, afirmou neste domingo o presidente Mahmud Ahmadinejad, no dia seguinte da assinatura, por Barack Obama, de novas represálias contra a instituição monetária.
"O Banco Central é a espinha dorsal da pressão aos inimigos, e com autoconfiança deve possuir a resistência necessária para eliminar as conspirações", disse o presidente, durante a assembleia anual dos dirigentes da instituição, segundo declarações reproduzidas no site da presidência.
"Devemos proteger o povo e o país dessas conspirações do inimigo", insistiu.
Ahmadinejad disse que, "atualmente, não há problemas particulares no setor econômico" iraniano, minimizando, assim, os efeitos das sanções precedentes impostas pelas potências ocidentais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou sábado uma lei de financiamento do Pentágono que reforça as sanções contra o setor financeiro de Teerã.
Entre outros dispositivos, autoriza o presidente a congelar os bens de qualquer instituição financeira estrangeira que negocie contratos de petróleo com o Banco Central iraniano.
O anúncio da Casa Branca foi feito num momento de grande tensão entre os dois países.
Teerã ameaçou fechar o estreito de Ormuz, por onde passam 40% do tráfego mundial de petróleo, no caso de novas sanções internacionais por seu programa nuclear.