Mundo

Ahmadinejad: deve desaparecer a ocupação da Palestina

Presidente iraniano minimizou suas declarações de que Israel deveria desaparecer do mapa

Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, discursa para diplomatas durante reunião de alto nível da Assembleia Geral, na sede da ONU em Nova York (Eduardo Munoz/Reuters)

Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, discursa para diplomatas durante reunião de alto nível da Assembleia Geral, na sede da ONU em Nova York (Eduardo Munoz/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 07h10.

Washington - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, minimizou suas declarações feitas nesta segunda-feira em Nova York sobre apagar Israel do mapa e assegurou em entrevista à rede "CNN" que o que deve acabar é a ocupação dos territórios palestinos.

O presidente iraniano, que está na cidade para participar nesta semana na Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou que 'o que deve ser erradicado é a ocupação, a busca da guerra e a morte de mulheres e crianças' na Palestina.

Ahmadinejad disse que seu governo propõe 'uma via que reconheça o direito dos palestinos ao autogoverno, para que o povo palestino possa tomar decisões sobre seu próprio futuro', entre elas uma solução que reconheça a convivência de um Estado palestino com Israel.

Em 2005, o presidente iraniano disse que Israel deveria ser riscado do mapa. No ano passado, na Assembleia Geral da ONU, colocou em dúvida a existência do Holocausto judeu.

Na entrevista na "CNN", Ahmadinejad disse que "não tem um julgamento formado sobre o Holocausto" e duvidou das verdadeiras razões por trás dos atentados de 11/9 nos Estados Unidos.

O líder iraniano também afirmou que o Irã tem direito a se defender e fará isso caso for atacado por Israel, que garante que o programa nuclear de Teerã tem fins armamentistas.

Na sua opinião, os 'sionistas estão buscando fabricar acusações' para 'ameaçar um país rico e de profundas raízes históricas como o Irã'.

Ahmadinejad também avaliou os distúrbios em embaixadas dos Estados Unidos provocados por um vídeo que satiriza o profeta Maomé e o ataque ao consulado dos EUA em Benghazi (Líbia), que terminou com o embaixador americano Chris Stevens e outros três membros da missão diplomática mortos.


"Primeiro de tudo, condenamos qualquer ação provocativa que ofenda as crenças religiosas de qualquer povo, mas do mesmo modo condenamos qualquer tipo de extremismo", disse Ahmadinejad.

O líder afirmou que as ofensas contra o profeta Maomé foram 'feias' e não têm 'nada ou pouco a ver com a liberdade de expressão'.

"Não nos agrada que ninguém perca sua vida ou que seja assassinado por nenhuma razão em nenhum lugar do mundo", afirmou Ahmadinejad, que recomendou aos políticos ocidentais outra postura em relação às "palavras, ideias ou imagens que ofendam algo que consideramos sagrado".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaIrã - PaísIsraelJudeusONUPalestinaReligião

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história