Ahmadinejad (D) e Raúl Castro em cerimônia de recepção em Havana: 'estamos em uma mesma frente lutando para reivindicar os direitos dos povos', disse o líder iraniano (Alejandro Ernesto/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 12h07.
Havana - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, confirmou que se reuniu com o líder cubano Fidel Castro na quarta-feira, com quem tratou 'muitos temas', e afirma que continua acompanhando 'com detalhes' todos os assuntos regionais e internacionais.
'Foi motivo de grande alegria ver o comandante Fidel são e salvo', disse Ahmadinejad a jornalistas no aeroporto de Havana, onde se despediu do presidente Raúl Castro antes de concluir sua visita oficial a Cuba e viajar com destino ao Equador.
O presidente do Irã classificou como 'ótimas' tanto a reunião com Fidel Castro como a que manteve posteriormente com o presidente Raúl, a quem se referiu como 'meu querido irmão'. 'Na realidade estamos em uma mesma frente lutando para reivindicar os direitos dos povos', disse Ahmadinejad.
Ele acrescentou que seu Governo e o de Cuba têm 'posturas comuns' em muitos assuntos regionais e internacionais e que os dois países continuarão colaborando nas áreas econômicas, de investimentos, comércio e em outros assuntos políticos.
Ahmadinejad e o general Raúl Castro também analisaram a atual situação do Oriente Médio 'de maneira muito positiva e detalhada' e com posições e interpretações 'muito próximas'. 'Fomos, somos e seremos, bons amigos', concluiu Ahmadinejad, quem se despediu dos jornalistas dizendo 'Viva Cuba' em espanhol.
Já o presidente Raúl Castro comentou aos jornalistas que a visita de Ahmadinejad foi 'uma boa visita'. 'Ele disse tudo. Discutimos bastante, analisamos bastante, terminamos muito tarde. Ele descansou um pouco e agora vai para o Equador', disse o general Castro.
Cuba foi a terceira escala da viagem latino-americana de Mahmoud Ahmadinejad, que começou no início da semana na Venezuela, continuou na Nicarágua e nesta quinta-feira estará no Equador.
Esta viagem foi marcada pela intensificação das acusações de grande parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos e Israel na liderança, contra o programa nuclear iraniano perante o temor de que desenvolva armas atômicas, o que Teerã nega.