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Ahmadinejad admite problemas com sanções do Ocidente

Tanto a União Europeia como os Estados Unidos reforçaram também as sanções financeiras ao Irã e aos seus bancos


	"Há obstáculos para fazer transferências de dinheiro, há obstáculos para vender petróleo, mas vamos retirar esses obstáculos", disse Ahmadinejad
 (Mark Ralston/AFP)

"Há obstáculos para fazer transferências de dinheiro, há obstáculos para vender petróleo, mas vamos retirar esses obstáculos", disse Ahmadinejad (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 06h37.

Teerã - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, admitiu que as sanções petrolíferas e financeiras impostas pelo Ocidente afetam gravemente seu país e representam 'uma guerra total, oculta e dura', em entrevista ao canal de televisão oficial 'IRIB'.

"Há obstáculos para fazer transferências de dinheiro, há obstáculos para vender petróleo, mas vamos retirar esses obstáculos", disse Ahmadinejad, ressaltando que as sanções dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) dificultam inclusive a compra de produtos básicos, como os alimentos.

O governante iraniano afirmou que, de todos os modos, 'seguiremos adiante e, com a ajuda de Deus, ganharemos' a disputa com Ocidente, que pressiona o Irã para que detenha seu programa nuclear, que poderia ter uma faceta armamentista, o que Teerã nega.

No último dia 1º de julho, a UE impôs um embargo petrolífero total ao Irã, que afetou suas vendas no mundo todo, já que também proscreve os seguros para o transporte de petróleo, o que fez com que suas exportações desabassem nesse mês.

As autoridades iranianas asseguraram que as exportações de petróleo se recuperaram em agosto, depois que vários países asiáticos, como China, Índia e Japão, habilitassem fundos para cobrir os seguros de transporte, o que o Irã também fez para garantir as entregas a outros clientes importantes, como a Coreia do Sul.

Tanto a UE como os EUA reforçaram também as sanções financeiras ao Irã e aos seus bancos, inclusive o Banco Central, o que provocou graves problemas de transferência de dinheiro e dificuldades para obter divisas estrangeiras e cobrar e pagar as exportações e importações.

Na entrevista, Ahmadinejad atacou o atual sistema de gestão da ONU, que classificou como "exclusivo" e alertou que "o monopólio leva à corrupção", em referência ao direito de veto das grandes potências no Conselho de Segurança.

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