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Agentes dos EUA recebem alta após se recuperarem do ebola

Agentes já não representam um risco de saúde pública após se curarem do vírus e receberam alta de um hospital de Atlanta

O médico Brantly, que foi infectado pelo ebola, concede entrevista em Atlanta nesta quinta-feira (Tami Chappell/Reuters)

O médico Brantly, que foi infectado pelo ebola, concede entrevista em Atlanta nesta quinta-feira (Tami Chappell/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 16h45.

Atlanta - Dois agentes de saúde norte-americanos que, poucas semanas atrás, estavam gravemente doentes com ebola já não representam um risco de saúde pública após se curarem do vírus e receberam alta de um hospital de Atlanta, informou um de seus médicos nesta quinta-feira.

O médico Kent Brantly e a trabalhadora de ajuda humanitária Nancy Writebol, infectados quando trabalhavam para organizações cristãs na Libéria, foram liberados porque exames de sangue não detectaram nenhum sinal do vírus e seus sintomas se suavizaram, disse o diretor médico da unidade de doenças infecciosas do hospital da Universidade Emory, Bruce Ribner.

Eles devem se recuperar totalmente da doença que já matou 1.350 pessoas no oeste da África, afirmou Ribner.

“Sou agradecido para sempre a Deus por poupar minha vida”, declarou Brantly, que atuava com o grupo de assistência Samaritan's Purse, durante uma coletiva de imprensa que marcou sua primeira aparição pública desde que foi internado em 2 de agosto.

Em um comunicado separado, a missão cristã SIM USA disse que Writebol recebeu alta do hospital na terça-feira e repousa em um local não revelado com seu marido.

"Nancy está livre do vírus, mas os efeitos duradouros da batalha a deixaram bastante enfraquecida”, declarou seu marido, David Writebol, em um comunicado.

“Decidimos que seria melhor deixar o hospital sem alarde para poder lhe proporcionar o descanso e a recuperação que precisa neste momento.”

Ribner, que cuidou dos pacientes, afirmou que eles receberam alta após consultas com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

“Até onde testamos, não há sinal do vírus do ebola em seus corpos”, disse Ribner.

Indagado se as drogas experimentais usadas nos pacientes ajudaram em sua sobrevivência, ele disse: “a resposta honesta é que não fazemos ideia”, mas o que se sabe é que “o segredo para sobreviver ao ebola é um tratamento intensivo”, algo que os funcionários do Emory poderiam oferecer aos pacientes de forma mais eficaz do que na África.

Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 2.473 pessoas foram infectadas e 1.350 morreram desde que o surto de ebola foi identificado no sudeste remoto da Guiné, em março.

A entidade disse que nenhum caso da doença foi confirmado fora da Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, apesar das suspeitas de infecções em outras localidades.

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