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Agências de refugiados dos EUA fecham após decisão de Trump

O presidente anunciou que diminuirá significativamente o número de refugiados que terão permissão de entrar no país em 2018

Refugiados: com as novas normas, o país não precisa mais de todos os 324 escritórios de reassentamento que funcionavam no final de 2017 (Carlos Barria/Reuters)

Refugiados: com as novas normas, o país não precisa mais de todos os 324 escritórios de reassentamento que funcionavam no final de 2017 (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 11h43.

Nova York - Agências de reassentamento de refugiados nos Estados Unidos estão se preparando para fechar mais de 20 escritórios e limitar operações em mais de 40 outros, uma vez que o Departamento de Estado determinou uma redução de sua atuação, de acordo com planos vistos pela Reuters.

Os fechamentos programados, que estão sendo analisados pelo Departamento de Estado para uma aprovação final, ocorrem na esteira da decisão do presidente Donald Trump de diminuir significativamente o número de refugiados que terão permissão de entrar no país em 2018.

O departamento disse que, devido à redução na quantidade de refugiados --do teto de 110 mil criado pelo governo do ex-presidente Barack Obama para os 45 mil de 2018--, o país não precisa mais de todos os 324 escritórios de reassentamento que funcionavam no final de 2017. O teto de refugiados deste ano é o mais baixo desde 1980.

Os escritórios, administrados por agências sem fins lucrativos que prestam serviço ao governo dos EUA, proporcionam uma variedade de serviços aos refugiados, como ajudá-los a encontrar casas e empregos e lidar com bancos, assistência de saúde, inscrição em escolas e outras complexidades da vida na nova nação.

Opositores do programa de reassentamento dizem que é mais caro reassentar refugiados nos EUA do que dar ajuda a pessoas deslocadas no exterior.

"As mudanças consolidarão filiadas menores, reduzirão os gastos e simplificarão as estruturas de administração para ajudar o Programa de Admissão de Refugiados dos EUA a funcionar de uma maneira fiscalmente responsável e sustentável no longo prazo", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Cheryl Harris, por email.

Os refugiados podem acessar serviços dos centros de reassentamento durante até cinco anos depois de sua chegada, por isso os fechamentos podem afetar milhares de recém-chegados, alertou Robert Carey, que dirigiu o Escritório de Reassentamento de Refugiados do governo Obama.

"A população não vai embora quando você fecha a torneira", afirmou Carey. "Se a intenção realmente é fazer as pessoas se integrarem à sociedade, fazer isso vai de encontro a essa intenção".

O governo Trump tem dito que quer que os refugiados sejam assimilados rapidamente, tanto para promover a segurança nacional quanto para que se tornem autossuficientes.

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