Sul-africanos prestam últimas homenagens na porta da casa de Nelson Mandela, depositando flores, tirando fotografias, colando cartazes, com mensagens de carinho ao líder sul-africano (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2013 às 16h34.
Joanesburgo - No dia em que o corpo de Nelson Mandela chegou a Qunu, onde será enterrado, muitas pessoas foram à frente da casa onde o ícone da luta contra o apartheid passou seus últimos meses de vida. Em Houghton, nos arredores de Joanesburgo, um grupo de aproximadamente 50 pessoas cantavam músicas de agradecimento a Madiba, como é chamado carinhosamente o ex-presidente sul-africano.
Muitas crianças foram levadas por seus pais e deixaram flores no local, que desde a morte do ganhador do prêmio Nobel da Paz, em 1993, recebeu milhares de arranjos florais, velas e mensagens. As homenagens não são apenas dos sul-africanos, mas de pessoas de várias partes do mundo que por ali passaram e deixaram cartazes e cartas de agradecimento.
As pessoas tiravam fotos para registrar o momento e o local histórico. Alguns, ainda se emocionam a ponto de não conter as lágrimas com a lembrança de Mandela e de sua morte. Próximo à esquina da grande casa, alguns comerciantes aproveitam a ocasião para vender itens com a imagem do símbolo da liberdade e da paz na África do Sul: camisetas, quadros, boínas, bótons, entre outros.
A última cerimônia do funeral do "pai da nação", como é chamado, ocorrerá na manhã deste domingo, na fazenda da família, em Qunu, no Sudeste do país, onde o corpo será enterrado. Mandela, que assim como o título de sua autobiografia diz, percorreu um longo caminho para a liberdade, agora está a poucos instantes do seu descanso final.