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África do Sul descriminaliza uso pessoal de maconha

A Justiça não determinou qual quantidade de maconha que pode ser consumida e pediu ao Parlamento que redija uma nova lei em um prazo de dois anos

Maconha: Já não será crime um adulto consumir ou possuir maconha em casa para o uso pessoal, afirmou o juiz (Mike Hutchings/Reuters)

Maconha: Já não será crime um adulto consumir ou possuir maconha em casa para o uso pessoal, afirmou o juiz (Mike Hutchings/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 11h13.

Última atualização em 18 de setembro de 2018 às 11h39.

Johanesburgo - O Tribunal Constitucional da África do Sul declarou nesta terça-feira a anulação da lei que até agora proibia o consumo privado de maconha, assim como seu cultivo para uso pessoal, uma decisão histórica anunciada em Johanesburgo.

A lei que proíbe o uso de maconha no lar é "inconstitucional e, portanto, nula", sentenciou o juiz Raymond Zondo em seu veredicto, segundo informou o jornal sul-africano "The Sowetan".

"Já não será crime um adulto consumir ou possuir maconha em casa para o uso pessoal", acrescentou o magistrado.

No entanto, seu consumo em espaços públicos segue estritamente proibido, assim como a venda com fins lucrativos a terceiros.

O tribunal não precisou a quantidade de maconha que pode ser consumida em privado e ordenou ao Parlamento que redija uma nova lei, em um prazo de dois anos, de acordo com a decisão unânime.

Durante o processo, foram apresentados estudos médicos que aprovam que a criminalização não reduz o consumo, e outros que apontam que o álcool é mais nocivo do que a planta.

O caso sobre a descriminalização da maconha chegou aos tribunais através do líder do partido Dagga, Jeremy Acton, e do rastafari Garreth Prince.

A Suprema Corte ratificou a decisão de um Tribunal da província de Cabo Ocidental, que em 2017 considerou que a proibição do consumo privado deste entorpecente restringia o direito constitucional à intimidade.

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