Vista geral de Cabul: o relatório indica que 14.728 pessoas não combatentes perderam a vida em ações armadas no Afeganistão desde 2006 (Jose Cabezas/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 06h55.
Cabul - O Afeganistão registrou em 2012 o número mais baixo de vítimas civis por violência em seis anos, mas viu aumentar a quantidade de mulheres e meninas feridas ou mortas, assinala nesta terça-feira um relatório da ONU.
De acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama, em inglês), 301 mulheres ou meninas morreram no Afeganistão no ano passado e outras 563 ficaram feridas "enquanto realizavam suas atividades diárias, o que é uma trágica realidade".
Por outro lado, a ONU revelou que o número de 2.754 civis mortos e 4.805 feridos é o mais baixo nos últimos seis anos.
O relatório anual atribui essa queda aos "compromissos adquiridos pelas partes em conflito, à diminuição dos ataques suicidas e ao descenso dos ataques aéreos (da Isaf)".
No entanto, a Unama ressaltou que, embora os talibãs tenham pedido em vários comunicados a proteção da população não combatente, "a situação no terreno não melhorou", uma vez que aumentou os ataques contra eles e o uso indiscriminado de artefatos explosivos.
Os insurgentes causaram 81% das vítimas civis, com 2.179 mortos e 3.952 feridos, frente aos 316 falecidos e 271 feridos provocados pelas ações das forças pró-Governo, segundo a Unama, que não sabe a quem atribuir as mortes dos 841 demais.
O relatório indica que 14.728 pessoas não combatentes perderam a vida em ações armadas no Afeganistão desde 2006, quando aumentou a espiral de mortes de civis em um conflito iniciado há mais de uma década.