Cabul - A Comissão Eleitoral do Afeganistão (IEC) anunciará nesta segunda-feira a primeira apuração preliminar de votos das eleições presidenciais entre denúncias de fraude do candidato Abdullah Abdullah, que declarou que rejeitará os resultados.
Abdullah afirmou na semana passada que não aceitará os resultados do segundo turno do pleito devido à fraude em "escala industrial" que aconteceu com a introdução de votos a favor de seu rival Ashraf Gani.
Abdullah pediu que os votos falsos sejam separados dos autênticos e a IEC atrasou em uma semana o anúncio dos resultados preliminares para recontar os votos de perto de 2.000 colégios.
A Comissão de Queixas Eleitorais (ECC) do Afeganistão avisou ontem a Abdullah que sua postura equivale a se retirar do pleito, algo que já fez o candidato em 2009 contra Hamid Karzai por suposta fraude.
"Se a equipe de um candidato não está exercendo seus direitos para que se averiguem as queixas sobre o processo eleitoral, isso quer dizer que se retira", advertiu o chefe da ECC, Abdul Saadat.
No primeiro turno, realizado no dia 5 de abril, Abdullah obteve 45% dos votos contra 31% conseguido por Gani.
Assim Abdullah, de pai pashtun, etnia que representa 40% da população afegã, e mãe tajique, concorria como favorito para o segundo turno do dia 14 de junho, mas Gani lidera as previsões dos resultados.
Um recente relatório da Rede de Analistas do Afeganistão, organização independente, revelou que "as prévias apontam para uma inesperada e ampla vitória de Gani".
O órgão estimou que Gani obteria 59% dos votos, com 4,2 milhões de sufrágios, e Abdullah 41% com 2,8 milhões.
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1. 2. Iraque
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O quê: eleições parlamentares Quando: abril O atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois. Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade. O novo líder terá de enfrentar um
Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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2. 8. Turquia
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O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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3. 10. Brasil
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O quê: eleições presidenciais
Quando: outubro
Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da
Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
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4. Agora conheça o povo mais materialista do mundo
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