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Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2010 às 08h38.
Joanesburgo - As autoridades do aeroporto de Durban pediram desculpas nesta quinta-feira pelo caos do dia anterior, quando o aeroporto entrou em colapso pelo grande número de voos que chegou à cidade, no leste da África do Sul, para a semifinal da Copa do Mundo entre Alemanha e Espanha.
Pelo menos cinco voos, quatro procedentes de Johanesburgo e um da Cidade do Cabo, com quase quinhentos passageiros, sofreram graves atrasos devido ao fato de as zonas de estacionamento do terminal de Durban estarem cheios de aviões, de todo tipo e tamanho, que chegaram para o jogo, vencido pela Espanha por 1 a 0.
Desses aviões, muitos eram charter e outros privados, de personalidades que acompanharam a partida, o que fez com que o esquema de chegadas programado atrasasse.
A Companhia de Aeroportos da África do Sul (ACSA) e os controladores aéreos trocaram acusações sobre a responsabilidade pelo caos criado no aeroporto da cidade, o King Shaka.
A ACSA assegurou que não podia permitir que houvesse aviões no ar esperando para aterrissar em Durban, enquanto não havia lugar no estacionamento do aeroporto.
Segundo um porta-voz do aeroporto, quando finalmente todos os voos puderam aterrissar, os torcedores foram escoltados pela Polícia ao estádio, mas muitos deles não chegaram a tempo para a partida.
Entre os que não chegaram estavam alguns jornalistas e comentaristas locais e internacionais e também celebridades sul-africanas, como a atriz Charlize Theron e o cantor Danny K.
Danny K, em declarações à emissora de rádio local "702", disse que o avião em que viajaria ficou estacionado por horas no aeroporto de Johanesburgo, pois não tinha permissão para aterrissar em Durban, e muitos dos torcedores, "indignados, desceram do avião para acompanhar o jogo pela televisão".
Alguns frustrados viajantes, que se ficaram sem voar, disseram ter investido US$ 400 pelo ingresso da partida e protestaram furiosos nos guichês das companhias no aeroporto internacional de Johanesburgo.
Segundo o jornal sul-africano "The Star", enquanto muitos torcedores ficavam sem ver o jogo, o aeroporto de Durban transbordava de aviões privados e no estádio havia "muitos carros de luxo escoltados por uma multidão de viaturas e motos da Polícia".