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Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 16h05.
Moscou - O aeroporto de Kazan, capital da república russa de Tartária, onde 50 pessoas morreram no domingo após a queda de um Boeing-737, retomou parcialmente suas operações nesta segunda-feira.
As autoridades deram sinal verde à reabertura do aeroporto após encontrarem as caixas-pretas, que ficaram danificadas devido ao forte impacto do aparelho contra a terra e a posterior explosão, segundo as agências russas.
Segundo foi divulgado nesta segunda-feira, entre os 44 passageiros mortos há duas meninas de 11 e 15 anos, o filho do presidente da Tartária, Irek Minnijávov, e uma cidadã britânica, Donna Bull.
"O avião caiu quase verticalmente sobre a terra", disse Maxim Sokolov, ministro de Transporte, às agências locais.
Nas primeiras imagens do acidente divulgadas hoje, segunda-feira, é possível ver como a ponta do avião se choca contra a pista, seguida por uma grande explosão, que teria matado os 50 passageiros na hora.
"A instrução não menciona o terrorismo entre as possíveis versões. Não houve explosão no ar", assinalou Sokolov.
Entre as versões, o ministro citou cinco: falha de pilotagem, avaria mecânica, as condições meteorológicas, deficiência no trabalho da torre de controle e a má qualidade do combustível do avião.
Devido à explosão do depósito de combustível do aparelho e o incêndio posterior, Sokolov assegurou que a identificação dos corpos levará várias semanas.
O piloto da aeronave, Rustem Salíjov, decidiu abortar a primeira tentativa de aterrissagem e dar uma segunda volta, após ter informado à torre de controle do aeroporto que o avião não estava pronto para o pouso.
"Ele me informou que ia dar uma segunda volta. Me disse que não tinha configuração para aterrissar. Disse as chaves para ele e ele as confirmou, como é regulamentar", explicou em declarações ao canal de televisão "Rossiya" Kirill Kórnishin, controlador aéreo.
As companhias aéreas "Tartária", que usavam o aparelho acidentado em regime de aluguel, assegurou que o avião estava em boas condições técnicas, já que tinha sido revisado várias vezes no dia do acidente e já tinha realizado outros três voos.
"Os dois pilotos, nascidos em 1966, acumulavam uma grande experiência profissional. O comandante Rustem Salíjov começou a voar nessa mesma aeronave em 2012 como segundo piloto. Estava voando há 21 anos. O segundo piloto, Víctor Gatsul, voava há 23 anos", explicou a porta-voz da companhia, Gulnaz Minnijánova.
A companhia "Tartária", fundada em 1999 e que realizava tanto voos nacionais como internacionais, suspendeu hoje as viagens do outro avião da Boeing do que dispõe.
O Boeing 737-500 acidentado, o menor da série 737 (31 metros) e um dos aparatos mais utilizados na aviação civil de todo o mundo, entrou em serviço em 1990.