Strauss-Kahn: O caso contra o político começou em maio do ano passado, com sua detenção em um avião no aeroporto John F. Kennedy (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 14h44.
Nova York - Os advogados do ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn tacharam nesta sexta-feira de "categoricamente falsas" as notícias de que o político francês teria concordado em pagar US$ 6 milhões de à camareira de hotel Nafissatou Diallo para retirar o processo contra ele por agressão sexual.
A defesa de DSK, que chegou a ser um dos nomes mais cotados para concorrer nas últimas eleições presidenciais de seu país, confirmou que ele "negociou" com Diallo, "mas ainda não houve acordo".
"As publicações da imprensa afirmando que Dominique Strauss-Kahn aceitou pagar US$ 6 milhões para acabar com este caso civil são categoricamente falsas", disseram os advogados William Taylor e Amit Mehta em comunicado recebido pela Agência Efe.
Essas palavras respondem à informação veiculada hoje no jornal francês "Le Monde", segundo a qual o ex-diretor gerente do FMI está disposto a pagar a quantia para pôr fim a este processo.
O jornal acrescentou que DSK - como o político é conhecido pela imprensa francesa - garante não ter o valor citado, por isso teria a intenção de pedir um empréstimo bancário de US$ 3 milhões em seu nome e outro igual no nome de Anne Sinclair, de quem se separou neste ano.
Segundo a publicação, no dia 7 de dezembro os advogados de Strauss-Kahn e de Diallo comparecerão a um tribunal nova-iorquino para resolver a disputa, mas a defesa do francês não confirmou a data à Efe.
O caso contra o político começou em maio do ano passado, com sua detenção em um avião no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, quando estava prestes a viajar a Paris, depois que a polícia recebeu uma denúncia de Diallo por agressão sexual.
A novela se desenrolou com um processo penal de vários meses, do qual por fim Strauss-Kahn ficou livre de acusações no final de agosto de 2011, mas naquale mesmo mês os advogados de Diallo recorreram à Justiça civil com uma petição que ainda se mantém aberta e pela qual pedem uma indenização financeira pelo suposto crime.