Pedro Pablo Kuczynski: na denúncia, os advogados alegaram a violação de vários direitos fundamentais do presidente (Guadalupe Pardo/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 07h05.
Última atualização em 19 de dezembro de 2017 às 07h40.
Lima - Dois advogados peruanos apresentaram na segunda-feira, no Poder Judicial, uma reivindicação de amparo para paralisar o processo de destituição realizado pelo Congresso contra o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, por supostamente ter ocultado ligações com a construtora Odebrecht, de acordo com informações da mídia local.
Os advogados Francisco Dios e Juan Sanchez Chiang, que não representam oficialmente Kuczynski, solicitaram que um juiz ordene a paralisação do processo de cassação, cuja votação no plenário está prevista para a próxima quinta-feira.
Na denúncia, os advogados alegaram a violação de vários direitos fundamentais pela rapidez com que o Congresso pretende realizar este procedimento extraordinário.
A moção para destituir a Kuczynski abraça a "incapacidade moral permanente", considerando que ele "faltou com a verdade" quando em várias ocasiões negou ter tido relação com a Odebrecht.
No entanto, a empresa brasileira revelou na semana passada que pagou mais de US$ 782 mil para a consultora Westfield Capital, propriedade de Kuczynski, por assessorias entre 2004 e 2007, época em que o atual governante peruano era ministro do ex-presidente Alejandro Toledo.
Tanto Kuczynski como Odebrecht defenderam a legalidade dos contratos, que foram administrados exclusivamente com o empresário chileno Gerardo Sepúlveda, que administrava a Westfield Capital, enquanto o atual presidente do Peru estava ocupado no setor público.