Edward Snowden: ex-analista é reinvidicado pelo país por vazar detalhes de seus programas de espionagem em 2013 (Getty Images)
EFE
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 11h37.
Moscou, 11 fev (EFE).- Anatoly Kucherena, o advogado que defende na Rússia os interesses do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, negou neste sábado que o Executivo em Moscou planeje extraditar seu cliente aos Estados Unidos, reivindicado por vazar detalhes de seus programas de espionagem em 2013.
"Na Rússia não há qualquer base legal para a entrega de Snowden. Tudo isso é pura conjetura", disse Kucherena à agência de notícias "Interfax".
Suas declarações se referiam as informações divulgadas pela rede de televisão americana "NBC" sobre o Kremlin analisar a possibilidade de extraditar Snowden para ganhar pontos com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"A Rússia não comercializa pessoas nem direitos humanos", ressaltou Kucherena.
Ele acrescentou que Snowden possui permissão de residência no país, "o que significa que tem os mesmos direitos e deveres que os cidadãos russos".
O ex-analista da NSA revelou em 2013 detalhes de programas de espionagem que permitiam interceptar comunicações sem permissão judicial e com os quais Estados Unidos também espionaram aliados estrangeiros. Após o vazamento, Snowden encontrou refúgio na Rússia para evitar ser processado nos Estados Unidos, embora seu paradeiro exato seja mantido em segredo.
Em janeiro, a Rússia prorrogou por três anos a permissão de residência de Snowden, por isso a partir de 2020 ele poderia solicitar a cidadania russa. EFE