Donald Trump discursa no Congresso americano (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 07h33.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 07h34.
Washington - Um dos advogados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu o pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels, embora tenha dito que o dinheiro saiu do seu bolso e não explicou o porquê.
"Nem a organização Trump nem a campanha de Trump participaram da transação com a senhora Stephanie Clifford (Stormy Daniels), e também não me reembolsaram o pagamento direto ou indiretamente", afirmou Michael Cohen em comunicado enviado na terça-feira a "The New York Times".
É a primeira vez que a assessoria de Trump reconhece este pagamento do qual tinha informado em janeiro passado "The Wall Street Journal".
Segundo esse jornal, Cohen pagou a Stormy US$ 130 mil antes das eleições de novembro de 2016 para que não falasse em público da relação sexual que tinha mantido com o agora presidente há uma década.
A publicação foi um grande escândalo, já que a suposta relação ocorreu pouco depois que Trump e a atual primeira-dama, Melania Trump, tinham se casado.
"O pagamento à senhora Clifford foi legal e não foi uma contribuição de campanha nem uma despesa de campanha de ninguém", disse o advogado, que afirmou ter dado explicações à Comissão Eleitoral Federal após uma denúncia de suposto desvio de fundos de campanha.
Segundo "The New York Times", Cohen não respondeu a perguntas sobre por que fez o pagamento, se Trump estava a par ou se houve pagamentos parecidos a outras pessoas.
Após o explosão do escândalo, o advogado divulgou um comunicado assinado por Stormy Daniels no qual a atriz negava ter mantido relações com Trump e qualificava de falsas as informações que recebeu um pagamento pelo seu silêncio.
No entanto, nas entrevistas que concedeu até o momento, não confirmou nem desmentiu a aventura.