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Advogado de Trump nega que presidente seja investigado

Imprensa tem divulgado que o presidente pode estar sendo investigado por obstrução à Justiça

Donald Trump (Ralph Freso / Getty Images/Getty Images)

Donald Trump (Ralph Freso / Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de junho de 2017 às 14h55.

Washington - Um advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu neste domingo que Trump não está sob investigação, depois de notícias recentes informarem que o presidente estaria sendo investigado por suposta tentativa de obstruir a Justiça.

"O presidente não é e não foi investigado", disse Jay Sekulow, advogado de Trump, no "Face the Nation" da CBS.

Perguntado sobre como sabia disso, ele afirmou que não houve "nenhuma notificação do gabinete do advogado especial de que o presidente está sob investigação", o que ele disse que esperaria nessa circunstância.

O Wall Street Journal e outros meios de comunicação informaram recentemente que investigadores estariam analisando se o presidente tentou obstruir uma investigação do FBI sobre a intromissão russa na corrida presidencial norte-americana e um possível conluio entre os assessores da campanha Trump e a Rússia.

O conselheiro especial Robert Mueller está examinando se o presidente demitiu o chefe do FBI James Comey como parte de um esforço mais amplo para alterar a direção do FBI, disse uma pessoa familiarizada com o assunto ao jornal na semana passada.

Em comentários feitos neste domingo, Sekulow afirmou que o tuíte recente de Trump em que ele disse que estava sendo investigado era uma reação a reportagens veiculadas na imprensa, e não a confirmação da existência da investigação.

"O tuíte do presidente foi em resposta às cinco fontes anônimas que supostamente vazaram informações para o Washington Post", disse. O Washington Post foi o primeiro a denunciar uma investigação sobre Trump por possível obstrução.

Trump repetidamente chamou a investigação russa de uma "caça às bruxas" e negou qualquer conluio com a Rússia em sua campanha. Ele também disse que não colocou pressão inadequada sobre o curso da investigação na Rússia.

Nos últimos dias, o presidente norte-americano intensificou suas críticas à investigação, visando as pessoas que lideram o processo no Departamento de Justiça.

Na manhã da última sexta-feira, Trump disse em sua rede social que era vítima "da maior caça às bruxas individual da história política americana - liderada por pessoas muito ruins e conflitantes".

E acrescentou: "Estou sendo investigado por demitir o diretor do FBI pelo homem que me disse para despedir o diretor do FBI".

Trump não mencionou o nome das pessoas a quem se referia, mas as sinalizações apontam para Mueller e o homem que o nomeou, o vice-procurador-geral Rod Rosenstein.

Neste domingo, ele novamente comentou sobre a "caça às bruxas", considerando isso uma distração de sua agenda política.

Fonte: Dow Jones Newswires

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