Mundo

Aditivo para combustíveis detectado nas próteses mamárias PIP

As próteses conteriam uma mistura de produtos encomendados de grandes grupos de química industrial que nunca foram objeto de testes clínicos

Entre os produtos estava um aditivo para combustíveis, Basylone, assim como Silopren e Rhodorsil
 (Sebastien Nogier/AFP)

Entre os produtos estava um aditivo para combustíveis, Basylone, assim como Silopren e Rhodorsil (Sebastien Nogier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 11h08.

Marselha - Um aditivo para combustíveis foi detectado no gel das próteses mamárias defeituosas da empresa francesa PIP, que estão no centro de um escândalo mundial, revelou a rádio RTL, enquanto os advogados das vítimas pedem mais análises da Agência Francesa de Segurança Sanitária.

Segundo a emissora, as próteses de Poly Implant Prothèse (PIP) continham uma mistura de produtos encomendados de grandes grupos de química industrial que nunca foram objeto de testes clínicos sobre uma eventual nocividade para o organismo humano.

Entre os produtos estava um aditivo para combustíveis, Basylone, assim como Silopren e Rhodorsil, utilizados na indústria da borracha. Aparentemente, tais produtos provocaram a ruptura dos implantes.

"Segundo a Afssaps (Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde), sabiam que era um gel impróprio, mais utilizado no setor alimentar e de informática", declarou à AFP o médico assessor de uma associação de mulheres que utilizaram próteses PIP, Dominique-Michel Courtois.

"Não era possível imaginar que o gel pudesse conter aditivo para combustíveis. É por isto que pedimos análises de próteses retiradas diretamente nas pacientes", declarou um dos advogados das demandantes, Philippe Courtois.

De acordo com Courtois, as análises da Afssaps foram feitas apenas em próteses apreendidas no estoque da empresa PIP em março de 2010.

De acordo com o advogado, também devem ser feitas análises no exterior, depois da revelação na imprensa britânica de uma taxa de ruptura das próteses PIP muito mais elevada na Grã-Bretanha.

Acompanhe tudo sobre:CâncerDoençasEuropaFrançaPaíses ricos

Mais de Mundo

Macron afirma a Milei que França não assinará acordo entre UE e Mercosul

Sánchez apoiará Lula no G20 por um imposto global sobre grandes fortunas

Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA para atacar Rússia, diz agência

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute