Saif al Islam, filho do deposto e falecido ditador Muammar Kadafi: processo foi adiado, já que vários acusados não estavam no tribunal (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2014 às 13h52.
Trípoli - O julgamento de mais de 30 integrantes do governo de Muammar Kadafi, incluindo seu filho Seif al-Islam, acusados de participação na repressão à revolta de 2011, começou nesta segunda-feira, mas foi adiado, em seguida, para 27 de abril.
O processo foi adiado após 40 minutos, já que vários acusados não estavam no tribunal.
Dos 37 indiciados, apenas 23 estavam no tribunal penal de Trípoli, protegido por medidas rígidas de segurança.
Abdallah al-Senussi, ex-chefe de inteligência de Muammar Kadafi, e o último primeiro-ministro de Kadafi, Baghdadi al-Mahmudi, estavam no banco dos réus ao lado de outros 21 ex-dirigentes, todos eles com o uniforme de presidiário.
O tribunal permitiu a participação por videoconferência de Seif al-Islam, assim como de outros acusados detidos em Misrata, 200 km ao leste de Trípoli.
As autoridades judiciais consideram que as condições de segurança não permitem a viagem para a capital.
O adiamento do processo permitirá aos advogados uma análise do caso, segundo o tribunal.
Os advogados alegaram que não haviam recebido acesso ao caso, o que o tribunal negou, afirmando apenas que proibira a obtenção de cópias.
Os processados, indiciados em outubro, enfrentam várias acusações, em particular de assassinatos, saques e sabotagem, atos que atentaram contra a união nacional, cumplicidade na incitação ao estupro, sequestro e dilapidação de verba pública.