Presidente da Região da Sicília, Rosário Crocetta, visita o local onde corpos de imigrantes que morreram durante naufrágio estão sendo mantidos (Antonio Parrinello/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h28.
Lampedusa - O mar agitado impediu nesta sexta-feira a recuperação dos corpos de migrantes mortos em um naufrágio perto da Silícia, no qual se estima que tenham morrido 300 pessoas, em um dos piores desastres na crise da imigração na Europa.
Até então as equipes de resgate haviam recuperado 111 corpos e esperavam localizar outros 100 dentro e ao redor dos destroços, submersos em 47 metros de água a menos de 1 quilômetro da costa sul da ilha italiana de Lampedusa.
Depois que 155 pessoas foram retiradas com vida da água na quinta-feira, ventos fortes e altas ondas tornaram impossível para os 40 mergulhadores recolherem corpos com segurança. Havia pouca esperança de encontrar mais sobreviventes entre os 500 passageiros que estariam a bordo, segundo estimativas.
Embora a pequena ilha receba milhares de imigrantes todos os anos e tenham ocorrido naufrágios semelhantes no passado, os moradores ficaram abalados com a extensão da tragédia.
A ilha observou um dia nacional de luto, com fechamento de postos de gasolina, restaurantes e lojas. Depois de uma missa noturna em memória das vítimas, centenas de pessoas participaram de uma procissão silenciosa à luz de velas.