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Acusados do 11 de Setembro pedem transparência sobre prisões

Autoridades americanas chegaram a admitir que Khaled Sheij Mohamed, o autoproclamado cérebro dos atentados, sofreu 183 sessões de afogamento simulado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 19h02.

Base Naval da Baía de Guantánamo (Cuba) - A defesa dos acusados dos ataques de 11 de setembro de 2001 pediram nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, torne públicas as informações sobre o programa de prisões secretas da CIA sob a administração Bush onde os cinco homens foram torturados.

Em uma carta a Obama, o comandante Walter Ruiz, advogado do saudita Mustafa al-Hussain, a quem se juntaram os outros advogados de defesa, pediu para ter acesso às informações sobre esse programa, invocando a Convenção das Nações Unidas sobre a Tortura.

"Hoje os oficiais uniformizados e nossos colegas civis se unem para pedir ao nosso presidente que confirme suas obrigações para com a Convenção contra a Tortura e retire as restrições sobre documentos classificados que impedem nossa busca por justiça", pede o comunicado que acompanhou a carta.

Após suas detenções, em 2002 e 2003, os cinco homens passaram três anos em prisões secretas da CIA no exterior, onde sofreram maus tratos em interrogatórios comparados a torturas.

As autoridades americanas chegaram a admitir que Khaled Sheij Mohamed, o autoproclamado cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, sofreu 183 sessões de "submarino" (simulação de afogamento).

Durante esta semana de audiências preliminares na base naval americana de Guantánamo, ilha de Cuba, onde estão os cinco detidos desde 2006, seus advogados invocaram a Convenção contra a Tortura para exigir que seja desconsiderada a pena capital a que seus clientes podem ser condenados.

"Os crimes de guerra não devem ser considerados informação sigilosa", acrescentou Walter Ruiz.

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