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Acusados de estupro que comoveu Índia são condenados à morte

Eles foram responsabilizados pelo estupro coletivo seguido do assassinato de uma jovem estudante, um caso que comoveu o país


	Pessoas protestam Nova Délhi contra a morte da estudante indiana que foi estuprada e agredida por seis homens em um ônibus: O juiz disse que o estupro "comoveu a consciência coletiva" do país
 (REUTERS / Adnan Abidi)

Pessoas protestam Nova Délhi contra a morte da estudante indiana que foi estuprada e agredida por seis homens em um ônibus: O juiz disse que o estupro "comoveu a consciência coletiva" do país (REUTERS / Adnan Abidi)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 07h57.

Nova Délhi - O juiz Yogesh Khanna sentenciou à pena de morte nesta sexta-feira os quatro acusados pelo caso do estupro coletivo seguido do assassinato de uma jovem estudante em dezembro do ano passado e que comoveu o país.

O juiz Yogesh Khanna justificou a condenação ao afirmar que o estupro seguido de morte é um "caso extraordinário entre os extraordinários", classificação usada na Índia para crimes bárbaros e traição.

"Este caso exige um castigo exemplar com a morte. Nestes tempos em que os crimes contra as mulheres estão aumentando, os tribunais não podem fechar os olhos", disse Khanna.

O juiz acrescentou que o estupro "comoveu a consciência coletiva" do país. Após escutar a sentença, um dos acusados, o monitor escolar Vinay Sharma, começou a chorar, enquanto muitos dos presentes na sala aplaudiam.

O advogado de Sharma e de outro dos condenados gritou ao juiz que a decisão "não é a vitória da verdade mas a derrota da justiça".

Um forte esquema de segurança foi montado em torno do tribunal, onde se reuniram dezenas de pessoas.

A corte já tinha declarado na terça-feira os quatro acusados culpados de 13 crimes, entre eles estupro e assassinato.

Na quarta-feira, a promotoria pediu a pena capital para os acusados, enquanto a defesa defendeu a prisão perpétua.

A vítima, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, foi estuprada e torturada em Nova Dhéli por seis homens em um ônibus quando voltava para casa do cinema. A jovem morreu 13 dias depois em um hospital de Cingapura.

Dos outros dois acusados pelo caso, um era menor de idade quando ocorreram os fatos e foi condenado há quase duas semanas a três anos de reclusão em uma casa correcional. E o sexto envolvido e suposto líder do grupo se suicidou em março na prisão, segundo a versão oficial.

O ataque provocou uma onda de protestos no país e gerou um profundo debate sobre e violência que as mulheres sofrem na Índia.

Desde o crime, há nove meses, a Índia vive um estado de tensão pelas contínuas acusações de agressões sexuais divulgadas pela imprensa local e internacional. 

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