Patrick Hickey: dirigente de 71 anos disse que é inocente das acusações e que continuará cooperando com as autoridades brasileiras (REUTERS/Ricardo Moraes)
Reuters
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 08h53.
Ex-chefe do Comitê Olímpico da Irlanda, Patrick Hickey voltou a Dublin no domingo e disse que irá continuar lutando para limpar seu nome depois de ser acusado em agosto, no Brasil, por um suposto esquema de venda ilegal de ingressos dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Hickey teve permissão de voltar para casa depois de pagar uma fiança de 1,5 milhão de reais na semana passada. O dinheiro lhe foi emprestado por um organismo que representa vários comitês olímpicos nacionais.
Em comunicado, o dirigente de 71 anos disse que é inocente das acusações e que continuará cooperando com as autoridades brasileiras.
"Voltei à Irlanda, onde irei passar por um tratamento médico em andamento sob os cuidados de meu consultor médico", disse Hickey. "Passei por alguns meses extremamente traumáticos para mim e para a minha família. Mais uma vez, quero declarar que sou totalmente inocente de todas as acusações contra mim".
"Pretendo me ater a quaisquer pedidos feitos pelas autoridades brasileiras e farei todo o possível para limpar meu nome para que, no devido tempo, possa seguir adiante com minha vida com minha esposa e família".
Hickey, que foi preso em um hotel de luxo à beira-mar em agosto no Rio, agradeceu o organismo de comitês olímpicos por lhe oferecer o dinheiro da fiança, que lhe permitiu reaver o passaporte e sair do Brasil.
"Sou muito grato à Associação Internacional de Comitês Olímpicos Nacionais (Anoc) por angariar tão generosamente os fundos necessários para obter a libertação para minha volta à Irlanda", disse.