Soldado Lee Rigby: Adebolajo e Michael Adebowale, 22 anos, são acusados de terem assassinado o soldado Lee Rigby em plena luz do dia (AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 14h29.
Londres - Um dos homens acusados do assassinato de um soldado britânico em maio declarou nesta segunda-feira, em seu julgamento, que ama a Al-Qaeda, e que considera que os militantes islamitas são seus irmãos.
Michael Adebolajo, de 28 anos, testemunhou cercado por guardas a alguns metros da família do soldado no tribunal Old Bailey de Londres.
Adebolajo e Michael Adebowale, 22 anos, são acusados de terem assassinado o soldado Lee Rigby em plena luz do dia enquanto ele caminhava em direção ao seu quartel, em Londres, em maio.
Durante a audiência, foi explicado que os homens atropelaram Rigby com um carro antes de atacá-lo com facas e Adebolajo tentou decapitá-lo com um cutelo. Os dois, britânicos de origem nigeriana, negam a acusação de assassinato.
Adebolajo explicou que foi educado como cristão, mas que se converteu ao islã em seu primeiro ano na Universidade de Greenwich, no sul de Londres, e disse: "Al-Qaeda, me considero um mujahedine. Eu os amo, são meus irmãos", e acrescentou que nunca havia conhecido nenhum militante da rede.
"Minha religião é tudo", declarou no tribunal.
Adebolajo, que pediu para ser chamado de Mujaahid Abu Hamza no tribunal, explicou que é casado e tem seis filhos.
O acusado cresceu em Romford, no leste de Londres, e contou que a grande maioria de seus amigos da escola eram britânicos brancos, e que um deles se uniu ao exército e morreu no Iraque, razão pela qual considerava Tony Blair - que enviou as forças britânicas para se unirem à missão liderada pelos Estados Unidos no Iraque em 2003 - como responsável pela morte de seu amigo.
Em várias ocasiões repetiu que era um soldado e que não lamentava o que havia acontecido com Rigby.
"Nunca me arrependerei de obedecer às ordens de Alá. É tudo o que posso dizer", declarou.