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Acusado de estupro de indiana comete suicídio na prisão

O corpo de Ram Singh, um dos seis acusados pelo estupro que matou a estudante de 23 anos, foi encontrado antes do amanhecer na cela que ele ocupava sozinho


	Policiais indianos montam guarda em frente à prisão de Tihar, em Nova Délhi: a justiça abriu uma investigação para determinar se aconteceram falhas de segurança (Manan Vatsyayana/AFP)

Policiais indianos montam guarda em frente à prisão de Tihar, em Nova Délhi: a justiça abriu uma investigação para determinar se aconteceram falhas de segurança (Manan Vatsyayana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 09h00.

Hong Kong - O homem apontado como o líder do grupo que estuprou uma estudante em um ônibus de Nova Délhi, um crime que comoveu a Índia em dezembro, se enforcou na prisão nesta segunda-feira, provocando a revolta da família da vítima.

O corpo de Ram Singh, um dos seis acusados pelo estupro que matou a estudante de 23 anos, foi encontrado antes do amanhecer na cela que ele ocupava sozinho, informaram as autoridades da penitenciária de segurança máxima de Tihar, na zona norte da capital federal indiana.

"Ele juntou toda a rouba, subiu em uma banqueta de madeira e se pendurou na lâmpada do teto", afirmou o diretor da prisão, Sunil Gupta.

A justiça abriu uma investigação para determinar se aconteceram falhas de segurança.

Ram Singh dirigia o ônibus no qual a jovem de 23 anos subiu com o namorado na saída do cinema na noite de 16 de dezembro.

Singh e alguns amigos estavam bêbados e decidiram dar uma volta pela cidade no ônibus que o acusado usava para trabalho.

O grupo violentou, agrediu e torturou a jovem, além de ter atacado o namorado, antes de jogar o casal na rua. Levada para um hospital de Cingapura depois de ser submetida a várias cirurgias na Índia, a estudante faleceu em 29 de dezembro.

Singh poderia ser condenado à pena de morte pelas acusações de homicídio, estupro e sequestro.


De acordo com o pai da estudante violentada, o suicídio representa uma clara negligência das autoridades, que priva a família do direito de justiça.

"Não entendemos como a polícia fracassou na proteção de Ram Singh. Sabiam que era o acusado principal no caso da minha filha", denunciou o pai, que não pode ser identificado por razões jurídicas.

A mãe da vítima expressou o mesmo sentimento.

"Eu queria apenas justiça para minha filha. O principal acusado está morto. Será que a culpa o matou?", afirmou à AFP.

Segundo uma fonte policial que pediu anonimato, o processo deve prosseguir.

Além de Ram Singh, quatro homens foram indiciados, incluindo seu irmão Mukesh. O quinto suposto participante no crime, de 17 anos, será julgado à parte por ser menor de idade e pode ser condenado a, no máximo, três anos de prisão em um centro para menores delinquentes.

O crime, com repercussão internacional, comoveu os indianos e muitas pessoas passaram a denunciar o desprezo que a polícia e a justiça reservam aos casos de violência sexual.

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