O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy: juízes consideraram provas muito fracas, segundo jornal (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 11h52.
Paris - Os juízes que instruem o chamado "caso Bettencourt", no qual Nicolas Sarkozy foi acusado de ter se aproveitado da senilidade mental da herdeira do grupo de cosméticos L'oréal, decidiram retirar as acusações contra o ex-presidente francês por considerar que as provas em questão eram muito fracas, informou nesta segunda-feira o jornal "Sud Ouest".
De acordo com o site do jornal regional, os juízes Jean-Michel Gentil e Valérie Noël optaram por não levar o ex-chefe do Estado ao Tribunal Correcional, uma informação que acabou sendo confirmada ao jornal por fontes próximas a Sarkozy.
O ex-presidente foi acusado no último dia 21 de março por supostamente ter abusado da fraqueza mental de Liliane Bettencourt, herdeira do grupo cosmético L'óréal, com o objetivo de obter fundos para financiar sua campanha presidencial de 2007.
A acusação foi confirmada pelo Tribunal de Apelação de Bordeaux no último dia 24, embora os instrutores tenham deixado Sarkozy de fora do processo.
Segundo o jornal "Sul Ouest", os juízes consideraram que os indícios que tinham motivado tal acusação eram "fracos demais" para justificar o envio do ex-presidente francês ao Tribunal Correcional.
Gentil e Noël basearam a acusação citada na existência de claros indícios de que os administradores da fortuna de Bettencourt tinham repassado dinheiro ao tesoureiro da campanha de Sarkozy, Eric Woerth, quem posteriormente acabou sendo nomeado como ministro do Trabalho.
Diferentemente de Sarkozy, Woerth, assim como outros dez dos 11 acusados no caso, será levado ao tribunal pelo Correcional de Bordeaux, informou o "Sul Ouest".
Entre os acusados estão o fotógrafo François-Marie Banier, um amigo próximo de Bettencourt, o empresário Stéphane Courbit e o ex-administrador da fortuna da herdeira da L"Oréal Patrice de Maistre.
Todos eles deverão responder a acusação de se aproveitar da senilidade mental da idosa multimilionária, enquanto o processo deverá ser realizado somente no próximo ano.