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Acordo de Paris "não é renegociável", dizem Brasil, China e Índia

Os quatro "pesos pesados" das economias em desenvolvimento acrescentaram que "não pode haver um passo atrás por parte de países desenvolvidos"

Acordo: os representantes dos quatro países concordaram que esse acordo, que já entrou em vigor, é "uma caminho irreversível" (Kacper Pempel/Reuters)

Acordo: os representantes dos quatro países concordaram que esse acordo, que já entrou em vigor, é "uma caminho irreversível" (Kacper Pempel/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 16h45.

Marrakech - Os maiores países do mundo em desenvolvimento, unidos no chamado grupo Basic, que engloba Brasil, China, Índia e África do Sul, disseram nesta quinta-feira durante a cúpula climática de Marrakech que o Acordo de Paris é "irreversível" e que "não pode haver tentativas de renegociá-lo".

Em documento assinado, os quatro "pesos pesados" das economias em desenvolvimento acrescentaram que "não pode haver um passo atrás por parte de países desenvolvidos" em relação ao acordo, em alusão ao presidente eleito americano Donald Trump, que se manifestou contrário à adesão dos Estados Unidos.

De fato, quase todas as perguntas dos jornalistas estiveram voltadas à reação de cada país sobre as ameaças de Trump, expressadas durante a campanha eleitoral, de retirar seu país do Acordo de Paris e também os fundos destinados à luta contra a mudança climática.

Os representantes dos quatro países concordaram que esse acordo, que já entrou em vigor, é "uma caminho irreversível", na expressão mais repetida, porque representa "toda a comunidade internacional".

Mas ao mesmo tempo, os representantes também optaram por um tom amistoso para com os Estados Unidos e reiteraram seus apelos à "colaboração" de seu novo governo.

O ministro do Meio Ambiente da Índia, Anil Madhav, foi até mais cauteloso ao lembrar que "não foi dito (por parte de Trump) nada oficial", e que "as coisas são vistas de forma diferente quando se está no poder".

"Não deveríamos reagir com base em presunções", ressaltou Madhav.

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